Torcedor da seleção brasileira com presença marcante em Copas do Mundo, Clóvis Acosta Fernandes morreu na madrugada desta quarta-feira em decorrência de complicações de câncer. Ele era conhecido como Gaúcho das Copas e acompanhava o time nacional em Mundiais.

Clóvis estava internado na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre desde julho. O torcedor da seleção tinha 60 anos e deixa quatro filhos. O velório acontece às 16 horas no cemitério São Miguel das Almas, na capital gaúcha.

O câncer começou no rim, em 2004. Mesmo doente, Gaúcho acompanhou a seleção em mais 3 Copas do Mundo.

O filho de Clóvis, Frank Damasceno, relatou ao UOL Esporte os últimos momentos do pai.

"Horas antes de sua morte, o Clóvis sentou na cama do hospital para nossa surpresa. Ele sentou e disse: 'Vou para casa'. O meu pai deu a maior demonstração de garra e amor à vida, porque mesmo com câncer ele nunca se entregou. O sorriso sempre esteve no rosto", relatou.

"Os médicos fizeram o melhor possível, mas o câncer avançou por todo o corpo. Ele estava lúcido até dias atrás, mas piorou na terça".

Clóvis começou seu projeto de acompanhar a seleção brasileira na Copa de 1990, na Itália. Ele acompanhou 162 jogos da seleção brasileira. Ele ficou ainda mais famoso durante a campanha de 2002, no pentacampeonato na Coreia do Sul e Japão.

Sempre que aparecia nos estádios, o Gaúcho da Copa ostentava um bigode e a taça da Copa do Mundo nas mãos.

Tristeza profunda após o 7 a 1

O choro de Clóvis depois da goleada sofrida pela seleção ficou marcado. O Gaúcho estava na arquibancada do Mineirão assistindo à vitória da Alemanha.

"Meu pai dizia que aquela derrota foi como uma tatuagem nele. Nunca sairá. Ele era gremista apaixonado, mas nada se comparava ao amor dele pela seleção", acrescentou o filho.

A última presença de Clóvis com a seleção brasileira ocorreu na Copa América, no Chile, em junho.