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Remo tentará paralisar campeonato brasileiro da Série C

Por Claudio Barbosa com Globoesporte.com 23/09/2016 16h04
Remo tentará paralisar campeonato brasileiro da Série C
André Cavalcante, presidente do Remo - Foto: Ascom Remo

O Remo vai ajuizar ainda nesta sexta-feira, dia 23, duas ações no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro. A primeira delas é uma notícia de infração para tentar mostrar ao procurador do órgão as possíveis irregularidades envolvendo o atleta do Botafogo da Paraíba, Sapé. A segunda medida é para tentar paralisar a Série C do Brasileiro até que seja analisada a documentação apresentada pelo Leão.

Segundo André Cavalcante, presidente do Remo, as informações preliminares acerca da suposta irregularidade do atleta paraibano surgiram ainda no Mangueirão, logo após o empate contra o América-RN. Desde então, o mandatário seguiu para o Rio de Janeiro para coletar informações na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

– Após o jogo contra o América-RN fomos procurados. Houve, então, essa informação da possível irregularidade do jogador do Botafogo, mas ainda precisaríamos de algo com mais substância. Então preferimos, por todo o contexto que vivemos e pela necessidade do clube estar em atividade, acompanhar isso in loco na CBF. Lá, recebemos uma certidão que confirma a assinatura do contrato do jogador por procuração e coletamos mais documentos, cópia do contrato, etc. – adiantou Cavalcante.

Sobre a legalidade e legitimidade da procuração, Cavalcante deu maiores detalhes e apresentou alguns indicativos que serão usados para tentar convencer o STJD. Quem defenderá o clube nesse processo é o advogado Mário Bittencourt, o mesmo que atuou no caso que evitou o rebaixamento do Fluminense na temporada 2013.

– Em 2014 já houve uma briga na Federação Paraibana (de Futebol) sobre isso. Não é usual esse procedimento, mas eu conversei com a presidente da federação paulista e ele me disse que lá não se faz isso, assim como aqui, conforme o Coronel Nunes também me disse. Já no Rio de Janeiro, a federação me disse que costuma acontecer isso. Mas em qualquer instituição existe hierarquia e essa procuração foi assinada apenas pelo presidente do Botafogo-PB, suprimindo a competência do vice. Então, entendemos que existe uma ilegalidade gritante nisso, além de outras coisas que eu prefiro não comentar nesse momento – explicou.