"Chorei de raiva e indignação", desabafa ex- CRB vítima de racismo na Sérvia
O meia-atacante Everton Luiz, do Partizan Belgrado, da Sérvia, viveu um episódio complicado em sua carreira no último fim de semana. Em duelo contra o Rad Belgrado, pelo Campeonato Sérvio, o brasileiro sofreu ataques de racismo por parte da torcida adversária. Ao fim da partida, Everton reagiu e fez gestos obscenos aos que o ofenderam e também chorou. O atleta já atuou no futebol alagoano, onde defendeu o CRB nas temporadas 2012 e 2013.
O jogador, que tem brilhado no futebol do país do leste europeu, explicou a sua reação com a manifestação de racismo dos fãs rivais e, principalmente, o choro após a partida.
"Durante toda a partida fui chamado de macaco, além dos gestos imitando o animal. O som ficava ainda mais forte quando eu estava mais próximo. Chorei, sim, mas chorei de raiva e indignação. Os jogadores rivais compactuaram com estes ataques ao defenderem os torcedores, se é que podemos chamar-los assim. Ao invés de me proteger, me atacaram ainda mais", disse Everton.
"Não aceito nenhum tipo de preconceito. Sou orgulhoso da minha cor, da minha etnia, minha história. Não quero que meus filhos sofram mais. Estamos cansados. As pessoas nos olham de forma diferente, não é fácil. A gente segura muita coisa, mas nessa partida eu explodi. Simplesmente não soube reagir. Minha filha passou por um episódio desses meses atrás e eu não soube explicá-la o que estava acontecendo", lamentou o jogador.
Everton Luiz reforçou ainda que continuará a sua luta para que o preconceito racial deixe de existir, ao explicar a sua reação no término da partida. "Precisamos mudar essa mentalidade urgentemente. Temos de nos fortalecer enquanto família, amigos, seres humanos. Não é possível que uma pessoa encontre a felicidade tentando diminuir o outro. É muito triste", concluiu.
Não é de hoje
O futebol sérvio foi marcado por episódios de racismo nos últimos anos, incluindo cantos da torcida contra jogadores negros da Inglaterra em um jogo entre as duas seleções na categoria sub 21, há cinco anos. Além disso, casos como esse acontecem com certa frequência em países do leste europeu.
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