Brasil
Laudo indica morte de 4 dos 5 jovens universitários por afogamento na BA
Quinta vítima foi lançada para fora depois que cinto foi rompido<br />
26/04/2012 13h01
O laudo que investiga o acidente que vitimou cinco universitários do Espírito Santo na Bahia deverá ser concluído em até 30 dias, mas o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Teixeira de Freitas afirma que quatro dos cinco jovens morreram afogados no Rio Mucuri, local onde foi encontrado o carro, já constatado pela necropsia. De acordo com o DPT, a quinta vítima teria sido arremessada para a área externa antes de o veículo cair no rio, depois de ter tido o cinto de segurança rompido.
A perícia ainda está na fase inicial e, por isso, não pode afirmar se houve falha do equipamento. Assim como o cinto, o motor e a bateria também foram desprendidos. A constatação de que os jovens morreram afogados se deve ao fato de que o carro foi encontrado virado para baixo dentro do rio.
A Fiat, fabricante do Punto, carro em que os jovens viajavam, foi procurada pela reportagem e apura a situação. De acordo com perito Pablo Bonjardim, um dos quatro agentes que participam das investigações do caso e que presta as informações sobre o laudo, todos usavam cinto de segurança na ocasião do acidente.
Até o momento, no entanto, o perito ressalva que não há como comprovar definitivamente todas as informações. "Não há nada comprovado ainda porque a perícia tem prazo de 30 dias para estudar o caso e chegar a cálculos os mais precisos possíveis. No entanto, pelos cálculos que já realizamos e pelas informações trocadas com todos os órgãos envolvidos no acidente, entre eles polícias, bombeiros e perícia, nós, a princípio, descartamos a possibilidade de crime, trabalhamos com a hipótese de acidente e agora vamos procurar indícios de possíveis falhas de equipamentos, problemas na pista ou falha humana', afirma o perito.
Morreram na batida André Galão, 28 anos, e Marlonn Amaral, 21 anos, Izadora Ribeiro, 21 anos, Rosaflor Oliveira, 24 anos, e Amanda Oliveira, 24 anos. Eles saíram de São Mateus, Norte do Espírito Santo, na sexta-feira (20), e seguiam para Prado, na Bahia, para o aniversário da mãe de Izadora, e não deram mais notícias.
O acidente, como tem sido investigado, ocorreu no km 947,3 da BR-101, trecho próximo à cidade de Mucuri, extremo sul da Bahia. De acordo com o inspetor-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) da cidade de Texeira de Freitas, Liomário dos Santos Filho, a presença de defensa (conhecida como "guardrail") na curva poderia ter ajudado a evitar a morte dos cinco jovens universitários. "A defensa dá segurança maior para evitar que veículos caiam em despenhadeiros, que seja projetado para fora da pista. Se tivesse, é possível que eles tivessem capotado na pista e alguém teria visto. O veículo poderia ter ficado na pista, alguém avisaria. Não vi o laudo pericial, mas acredita-se que as mortes tenham sido por afogamento", diz.
O inspetor acrescenta que, apesar da falha na rodovia, cuja responsabilidade é do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), a principal causa apontada para o acidente é a possível alta velocidade mantida no veículo. "Para nós, o fato que contribui é a velocidade. Pela circunstância, danos ao veículo, acredito que estavam a mais de 100 km/h", avalia.
Ainda segundo o inspetor, apesar da região da rodovia ser marcada por desníveis na pista, a característica não é predominante no trecho exato do acidente. O DNIT informou que está avaliando, durante esta quinta, se no local do acidente deveria existir a defensa e, caso confirmada a falta, os motivos do problema.
Enterro
Três dos jovens universitários do Espírito Santo que morreram em um acidente em Mucuri, na Bahia, foram enterrados na noite de (25). Marllonn Amaral foi velado e enterrado no início da noite, em Nova Venécia, onde mora a família, na região Sudoeste Serrana do estado. Já Rosaflor Oliveira foi velada e enterrada por volta das 22h em Mucurici, no Nordeste do Espírito Santo. Segundo parentes da jovem, o pai, que vinha do Pará, conseguiu chegar a tempo do velório. O estilista André Galão foi velado na casa do irmão, no bairro Maria das Graças, em Colatina, região Centro-Oeste e enterrado por volta das 8h desta quinta-feira (26) em Acioli, distrito de João Neiva, região do Rio Doce.
O corpo da jovem Izadora Ribeiro, de 21 anos foi enterrado nesta quinta-feira (26) em Jaíba, na Região Norte de Minas Gerais. O corpo de outra vítima, Amanda Oliveira, está sendo velado em Manhuaçu, na Zona da Mata, e o enterro está previsto para as 10h no Cemitério Municipal.
Despedida
A Universidade Federal do Espírito Santo lamentou, com pesar, o falecimento dos estudantes matriculados no Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes), no campus de São Mateus. "A Reitoria, em nome da comunidade universitária, solidariza-se com os familiares dos nossos estudantes neste momento de profunda dor", finaliza a nota. Não houve aula na manhã desta quarta-feira e os amigos dos universitários estão de luto. “Ainda tínhamos muitas esperanças de encontrá-los com vida, para todos nós foi um golpe muito duro. Todos eles eram muito queridos por todos nós”, disse a estudante Karyne Freire, muito emocionada.
A perícia ainda está na fase inicial e, por isso, não pode afirmar se houve falha do equipamento. Assim como o cinto, o motor e a bateria também foram desprendidos. A constatação de que os jovens morreram afogados se deve ao fato de que o carro foi encontrado virado para baixo dentro do rio.
A Fiat, fabricante do Punto, carro em que os jovens viajavam, foi procurada pela reportagem e apura a situação. De acordo com perito Pablo Bonjardim, um dos quatro agentes que participam das investigações do caso e que presta as informações sobre o laudo, todos usavam cinto de segurança na ocasião do acidente.
Até o momento, no entanto, o perito ressalva que não há como comprovar definitivamente todas as informações. "Não há nada comprovado ainda porque a perícia tem prazo de 30 dias para estudar o caso e chegar a cálculos os mais precisos possíveis. No entanto, pelos cálculos que já realizamos e pelas informações trocadas com todos os órgãos envolvidos no acidente, entre eles polícias, bombeiros e perícia, nós, a princípio, descartamos a possibilidade de crime, trabalhamos com a hipótese de acidente e agora vamos procurar indícios de possíveis falhas de equipamentos, problemas na pista ou falha humana', afirma o perito.
Morreram na batida André Galão, 28 anos, e Marlonn Amaral, 21 anos, Izadora Ribeiro, 21 anos, Rosaflor Oliveira, 24 anos, e Amanda Oliveira, 24 anos. Eles saíram de São Mateus, Norte do Espírito Santo, na sexta-feira (20), e seguiam para Prado, na Bahia, para o aniversário da mãe de Izadora, e não deram mais notícias.
O acidente, como tem sido investigado, ocorreu no km 947,3 da BR-101, trecho próximo à cidade de Mucuri, extremo sul da Bahia. De acordo com o inspetor-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) da cidade de Texeira de Freitas, Liomário dos Santos Filho, a presença de defensa (conhecida como "guardrail") na curva poderia ter ajudado a evitar a morte dos cinco jovens universitários. "A defensa dá segurança maior para evitar que veículos caiam em despenhadeiros, que seja projetado para fora da pista. Se tivesse, é possível que eles tivessem capotado na pista e alguém teria visto. O veículo poderia ter ficado na pista, alguém avisaria. Não vi o laudo pericial, mas acredita-se que as mortes tenham sido por afogamento", diz.
O inspetor acrescenta que, apesar da falha na rodovia, cuja responsabilidade é do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), a principal causa apontada para o acidente é a possível alta velocidade mantida no veículo. "Para nós, o fato que contribui é a velocidade. Pela circunstância, danos ao veículo, acredito que estavam a mais de 100 km/h", avalia.
Ainda segundo o inspetor, apesar da região da rodovia ser marcada por desníveis na pista, a característica não é predominante no trecho exato do acidente. O DNIT informou que está avaliando, durante esta quinta, se no local do acidente deveria existir a defensa e, caso confirmada a falta, os motivos do problema.
Enterro
Três dos jovens universitários do Espírito Santo que morreram em um acidente em Mucuri, na Bahia, foram enterrados na noite de (25). Marllonn Amaral foi velado e enterrado no início da noite, em Nova Venécia, onde mora a família, na região Sudoeste Serrana do estado. Já Rosaflor Oliveira foi velada e enterrada por volta das 22h em Mucurici, no Nordeste do Espírito Santo. Segundo parentes da jovem, o pai, que vinha do Pará, conseguiu chegar a tempo do velório. O estilista André Galão foi velado na casa do irmão, no bairro Maria das Graças, em Colatina, região Centro-Oeste e enterrado por volta das 8h desta quinta-feira (26) em Acioli, distrito de João Neiva, região do Rio Doce.
O corpo da jovem Izadora Ribeiro, de 21 anos foi enterrado nesta quinta-feira (26) em Jaíba, na Região Norte de Minas Gerais. O corpo de outra vítima, Amanda Oliveira, está sendo velado em Manhuaçu, na Zona da Mata, e o enterro está previsto para as 10h no Cemitério Municipal.
Despedida
A Universidade Federal do Espírito Santo lamentou, com pesar, o falecimento dos estudantes matriculados no Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes), no campus de São Mateus. "A Reitoria, em nome da comunidade universitária, solidariza-se com os familiares dos nossos estudantes neste momento de profunda dor", finaliza a nota. Não houve aula na manhã desta quarta-feira e os amigos dos universitários estão de luto. “Ainda tínhamos muitas esperanças de encontrá-los com vida, para todos nós foi um golpe muito duro. Todos eles eram muito queridos por todos nós”, disse a estudante Karyne Freire, muito emocionada.
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