Polícia
Médicos e enfermeiros são capacitados sobre acidentes com animais peçonhentos
Treinamento foi iniciado nesta segunda-feira (14) e é voltado para técnicos dos 102 municípios
14/05/2012 15h03
Entre 2007 e 2011, Alagoas teve 23.623 acidentes provocados por escorpiões, cobras, aranhas e abelhas. Ao todo, foram registrados 11 óbitos. Para evitar situações do tipo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) iniciou, nesta segunda-feira (14), no Maceió Mar Hotel, uma capacitação sobre diagnóstico e tratamento de incidentes com animais peçonhentos.
A atividade, que acontece das 8h às 18h, é voltada para médicos, enfermeiros e coordenadores epidemiológicos dos 102 municípios alagoanos, que foram divididos em dois grupos. O primeiro deles, formado por 51 cidades, participa do treinamento nesta segunda e na terça (15), enquanto o segundo será capacitado na quarta (16) e na quinta-feira (17).
O objetivo do evento é aperfeiçoar os profissionais para que a população possa receber um melhor atendimento no caso de picadas de animais venenosos. Durante a oficina, serão abordados a identificação de incidentes provocados por cobras, escorpiões e aranhas, além da importância de notificar os casos no Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Presente à capacitação, o coordenador nacional do Programa de Acidentes por Animais Peçonhentos, Guilherme Reckziegel, ressaltou a necessidade de ações do tipo. “Ainda temos que melhorar o diagnóstico e o tratamento e, para isso, essas capacitações são fundamentais, assim como a notificação, já que a distribuição do soro acontece com base nisso”, expôs.
Além dele, também ministram palestras durante os quatro dias de evento a chefe da Seção de Herpetologia do Museu de História Natural da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Selma Torquato; o médico e técnico da Universidade de São Paulo (USP) Francisco França; e a gerente de Doenças Imunopreveníveis da Sesau, Denise Castro.
A diretora de Vigilância Epidemiológica da secretaria, Cleide Moreira, lembrou a importância de os médicos e enfermeiros aproveitarem a oportunidade. ”Sei que a expectativa de vocês aqui é melhorar seus conhecimentos e precisamos disso para aprimorar a qualidade do atendimento e, consequentemente, mudar o perfil epidemiológico do Estado”, afirmou a gestora.
Casos
Dos 23.623 acidentes registrados em Alagoas nos últimos quatro anos, 20.500 foram causados por escorpiões, representando 79% do total. Do restante, 7% (1.741) foram provocados por serpentes, 2% (1.274) por abelhas e 8% por outros animais. A taxa de letalidade foi de 0,05% - a do Brasil, que teve 135.467 ocorrências, foi de 0,2%.
A maior parte das picadas foi da espécie de escorpião Tityus Stigmurus, responsável por sete óbitos entre 2007 e 2011. A espécie é mais frequente nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, o que provoca um aumento dos ataques no período. A grande maioria dos acidentes, porém, é leve (92%), sendo apenas 4% com moderada e 1% na forma mais grave.
“A grande maioria não leva à morte. Ainda assim, o paciente deve receber o cuidado necessário. O atendimento tem que ser rápido, pois, caso contrário, a situação pode se agravar e levar a óbito, em especial no caso de crianças e idosos”, expõe o responsável técnico pelo programa de Controle de Zoonoses na Sesau, Walmir Costa.
A atividade, que acontece das 8h às 18h, é voltada para médicos, enfermeiros e coordenadores epidemiológicos dos 102 municípios alagoanos, que foram divididos em dois grupos. O primeiro deles, formado por 51 cidades, participa do treinamento nesta segunda e na terça (15), enquanto o segundo será capacitado na quarta (16) e na quinta-feira (17).
O objetivo do evento é aperfeiçoar os profissionais para que a população possa receber um melhor atendimento no caso de picadas de animais venenosos. Durante a oficina, serão abordados a identificação de incidentes provocados por cobras, escorpiões e aranhas, além da importância de notificar os casos no Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Presente à capacitação, o coordenador nacional do Programa de Acidentes por Animais Peçonhentos, Guilherme Reckziegel, ressaltou a necessidade de ações do tipo. “Ainda temos que melhorar o diagnóstico e o tratamento e, para isso, essas capacitações são fundamentais, assim como a notificação, já que a distribuição do soro acontece com base nisso”, expôs.
Além dele, também ministram palestras durante os quatro dias de evento a chefe da Seção de Herpetologia do Museu de História Natural da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Selma Torquato; o médico e técnico da Universidade de São Paulo (USP) Francisco França; e a gerente de Doenças Imunopreveníveis da Sesau, Denise Castro.
A diretora de Vigilância Epidemiológica da secretaria, Cleide Moreira, lembrou a importância de os médicos e enfermeiros aproveitarem a oportunidade. ”Sei que a expectativa de vocês aqui é melhorar seus conhecimentos e precisamos disso para aprimorar a qualidade do atendimento e, consequentemente, mudar o perfil epidemiológico do Estado”, afirmou a gestora.
Casos
Dos 23.623 acidentes registrados em Alagoas nos últimos quatro anos, 20.500 foram causados por escorpiões, representando 79% do total. Do restante, 7% (1.741) foram provocados por serpentes, 2% (1.274) por abelhas e 8% por outros animais. A taxa de letalidade foi de 0,05% - a do Brasil, que teve 135.467 ocorrências, foi de 0,2%.
A maior parte das picadas foi da espécie de escorpião Tityus Stigmurus, responsável por sete óbitos entre 2007 e 2011. A espécie é mais frequente nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, o que provoca um aumento dos ataques no período. A grande maioria dos acidentes, porém, é leve (92%), sendo apenas 4% com moderada e 1% na forma mais grave.
“A grande maioria não leva à morte. Ainda assim, o paciente deve receber o cuidado necessário. O atendimento tem que ser rápido, pois, caso contrário, a situação pode se agravar e levar a óbito, em especial no caso de crianças e idosos”, expõe o responsável técnico pelo programa de Controle de Zoonoses na Sesau, Walmir Costa.
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