Alagoas
Sem Terra são recebidos por superintendente do BNB
Ocupações ocorreram nas agência de Maceió, Arapiraca e Boca da Mata
27/06/2012 05h05
Dando continuidade às mobilizações e negociações já conduzidas desde fim de maio em nível regional e nacional sobre as políticas para convivência com o semi-árido, mais de 1500 famílias camponesas vindas dos assentamentos das diversas regiões de Alagoas realizaram ocupações das agências do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) em Arapiraca e Mata Grande e da sede da Superintendência Estadual do banco, em Maceió.
Em reunião com o superintendente Expedito Neiva, os agricultores denunciaram o desmonte na política agrária brasileira patrocinado pelo Governo Dilma atrelado ao agronegócio. “Dilma está acabando com a Reforma Agrária”, disparou José Roberto da Direção Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ele critica o jogo de cena entre Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) local e Governo Federal em relação à falta de Assistência Técnica (Ates) desde o fim de 2011, bem como o contingenciamento do orçamento do órgão.
José Roberto explica que o acesso às políticas de crédito operacionalizadas pelo BNB dependem da execução de outras demandas complementares, como a Ates, e que os beneficiários destas e de outras políticas estão afastados de seus direitos por ingerência dos mandatários (e mandatárias) do país. “Um exemplo é o que se considera emergência: pro grande, pros governos, em situação de emergência são retiradas prerrogativas de licitações e outras, para o pobre agricultor, quem tem débito ou está em negociação não recebe o crédito, mesmo em estado de emergência.”
Sempre atento às reivindicações, o superintendente reafirmou a legitimidade das lutas ali empreendidas pelos camponeses e se dispôs a interceder em toda sua alçada para resolução das demandas dos Sem Terra. “Nós já sabemos, inclusive sem academicismos, que tem seca no Nordeste. Não precisa mais nem de previsão, precisa investir para a convivência dessas famílias com o Semi Árido, acesso aos recursos hídricos, alimentação para animais e mesmo pra a gente, pontos de armazenamento e comercialização”, citou Neiva.
Neiva concordou que as políticas deveriam ser estruturantes e não pontuais e sinalizou com a desburocratização do acesso ao crédito estiagem através do atendimento direto nas agências do BNB que contemplam os 33 municípios reconhecidos pela Defesa Civil Nacional como em estado de emergência. “Vamos enviar uma comunicação corporativa para todas as agências dessas regiões para que se agilize o atendimento das famílias, até em mutirões, contemplando-as em uma semana com o recebimento do crédito”, afirmou.
Apenas as famílias com dívidas a serem negociadas demorarão mais (entre três semanas e um mês) a receber o aporte de R$ 12.000,00 para aplicarem em seus lotes. Estas famílias farão o compromisso com o BNB tanto para o recebimento do crédito especial como para a renegociação das dívidas adquiridas, concomitantemente. “Já iremos colhendo as assinaturas na hora com os agricultores para adesão conjunta e toda demanda deve ser repassada diretamente à Superintendência Estadual para monitoramento”, finalizou Expedito Neiva.
A representação do Incra, presente na reunião, se comprometeu a expedir todos os documentos necessários para agilizar o acesso dos assentados ao benefício. Após a ocupação, em Maceió, os camponeses realizaram assembléia no local e decidiram passar a noite nas dependências da Secretaria do Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), como denúncia da ação de reintegração de posse programada para ser executada no próximo dia 05/07, sob o comando do Governo do Estado. As ocupações em Arapiraca e Mata Grande foram encerradas pela tarde
Em reunião com o superintendente Expedito Neiva, os agricultores denunciaram o desmonte na política agrária brasileira patrocinado pelo Governo Dilma atrelado ao agronegócio. “Dilma está acabando com a Reforma Agrária”, disparou José Roberto da Direção Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ele critica o jogo de cena entre Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) local e Governo Federal em relação à falta de Assistência Técnica (Ates) desde o fim de 2011, bem como o contingenciamento do orçamento do órgão.
José Roberto explica que o acesso às políticas de crédito operacionalizadas pelo BNB dependem da execução de outras demandas complementares, como a Ates, e que os beneficiários destas e de outras políticas estão afastados de seus direitos por ingerência dos mandatários (e mandatárias) do país. “Um exemplo é o que se considera emergência: pro grande, pros governos, em situação de emergência são retiradas prerrogativas de licitações e outras, para o pobre agricultor, quem tem débito ou está em negociação não recebe o crédito, mesmo em estado de emergência.”
Sempre atento às reivindicações, o superintendente reafirmou a legitimidade das lutas ali empreendidas pelos camponeses e se dispôs a interceder em toda sua alçada para resolução das demandas dos Sem Terra. “Nós já sabemos, inclusive sem academicismos, que tem seca no Nordeste. Não precisa mais nem de previsão, precisa investir para a convivência dessas famílias com o Semi Árido, acesso aos recursos hídricos, alimentação para animais e mesmo pra a gente, pontos de armazenamento e comercialização”, citou Neiva.
Neiva concordou que as políticas deveriam ser estruturantes e não pontuais e sinalizou com a desburocratização do acesso ao crédito estiagem através do atendimento direto nas agências do BNB que contemplam os 33 municípios reconhecidos pela Defesa Civil Nacional como em estado de emergência. “Vamos enviar uma comunicação corporativa para todas as agências dessas regiões para que se agilize o atendimento das famílias, até em mutirões, contemplando-as em uma semana com o recebimento do crédito”, afirmou.
Apenas as famílias com dívidas a serem negociadas demorarão mais (entre três semanas e um mês) a receber o aporte de R$ 12.000,00 para aplicarem em seus lotes. Estas famílias farão o compromisso com o BNB tanto para o recebimento do crédito especial como para a renegociação das dívidas adquiridas, concomitantemente. “Já iremos colhendo as assinaturas na hora com os agricultores para adesão conjunta e toda demanda deve ser repassada diretamente à Superintendência Estadual para monitoramento”, finalizou Expedito Neiva.
A representação do Incra, presente na reunião, se comprometeu a expedir todos os documentos necessários para agilizar o acesso dos assentados ao benefício. Após a ocupação, em Maceió, os camponeses realizaram assembléia no local e decidiram passar a noite nas dependências da Secretaria do Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), como denúncia da ação de reintegração de posse programada para ser executada no próximo dia 05/07, sob o comando do Governo do Estado. As ocupações em Arapiraca e Mata Grande foram encerradas pela tarde
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