Alagoas
Peritos criminais alertam para a preservação de cenas de crime
Provas coletadas no local bem isolado ajudam no esclarecimento dos crimes
15/10/2012 14h02
Tarde de sábado, 13 de outubro, fazenda Canoas, zona rural de Rio Largo, as fitas zebradas isolando parte da mata denunciam que naquele local um crime tinha acabado de ser cometido, um homem tinha sido encontrado assassinado. No mesmo dia, poucas horas depois, um acidente de trânsito com vitima fatal em Arapiraca, no interior do estado, também precisou ser isolado com o mesmo tipo de fita.
Nos dois casos, o isolamento do local é essencial para o trabalho desenvolvido pelos peritos criminais para localizar vestígios que identifiquem a causa e como o crime aconteceu. Mas nem sempre isso é possível, por isso o Instituto de Criminalística faz um alerta. Muitos casos deixam de ser solucionados por causa da má preservação das cenas onde o crime aconteceu.
Para a direção do órgão, o maior problema ainda é a violação da cena de crime por populares curiosos ocasionados pela cultura de que no Brasil investigação pericial em local de crime não dá em nada. Mas segundo o diretor do IC, José Veras, que também é instrutor do curso relatório de local de crime, essa visão é totalmente errada, além de embasar as investigações, a não preservação dos locais de morte é considerado crime previsto no Artigo 347 do Código Penal.
“Muitas vezes quando o perito e sua equipe chegam, encontram o local descaracterizado, com os vestígios contaminados, modificados e até mesmo destruídos. Essa ação, muitas vezes ocasionadas pela falta de informação, prejudica os levantamentos e a elaboração dos laudos dos peritos que poderiam apontar as causas das mortes”, alertou Veras.
O perito explicou que o local do crime deve ser isolado e preservado pela primeira guarnição que chega a cena do crime. Nem os policiais estão autorizados a mexer no local. Se houver vítima ferida, os policiais devem verificar se há sinais de vida e se constatar o óbito deve imediatamente isolar não só o corpo, mas toda a área que visualmente ele percebeu que continha algum tipo de vestígio.
“Apenas os peritos do IC é que devem realizar o exame no local e no corpo da vítima, se várias pessoas entram na área pode, por exemplo, haver alteração na posição dos vestígios, como projeteis, e manchas de sangue. Se o perito perceber que houve mudança na cena do crime, ele vai informar no seu laudo até que certo ponto o nível dessa descaracterização comprometeu a conclusão da dinâmica do evento e do laudo”, explicou o diretor.
São tantos casos da falta e do mau isolamento da cena do crime, que o a direção do Instituto de Criminalística pensa em realizar um trabalho de mudança no conceito de visualização para preservação dos vestígios, plantando uma nova cultura de investigação na sociedade e nos outros órgãos de segurança pública em Alagoas.
A ideia segundo o diretor José Veras é disseminar a importância do ato de isolar e preservar o local do crime, tornando o local seguro e tranquilo para que o perito criminal possa desenvolver processos e ações para encontrar vestígios. Essa visão de entender o isolamento permitirá ao perito localizar os vestígios deixados na cena do crime intactos e idôneos, a partir da forma como ele foi produzido no momento em que o crime aconteceu.
Nos dois casos, o isolamento do local é essencial para o trabalho desenvolvido pelos peritos criminais para localizar vestígios que identifiquem a causa e como o crime aconteceu. Mas nem sempre isso é possível, por isso o Instituto de Criminalística faz um alerta. Muitos casos deixam de ser solucionados por causa da má preservação das cenas onde o crime aconteceu.
Para a direção do órgão, o maior problema ainda é a violação da cena de crime por populares curiosos ocasionados pela cultura de que no Brasil investigação pericial em local de crime não dá em nada. Mas segundo o diretor do IC, José Veras, que também é instrutor do curso relatório de local de crime, essa visão é totalmente errada, além de embasar as investigações, a não preservação dos locais de morte é considerado crime previsto no Artigo 347 do Código Penal.
“Muitas vezes quando o perito e sua equipe chegam, encontram o local descaracterizado, com os vestígios contaminados, modificados e até mesmo destruídos. Essa ação, muitas vezes ocasionadas pela falta de informação, prejudica os levantamentos e a elaboração dos laudos dos peritos que poderiam apontar as causas das mortes”, alertou Veras.
O perito explicou que o local do crime deve ser isolado e preservado pela primeira guarnição que chega a cena do crime. Nem os policiais estão autorizados a mexer no local. Se houver vítima ferida, os policiais devem verificar se há sinais de vida e se constatar o óbito deve imediatamente isolar não só o corpo, mas toda a área que visualmente ele percebeu que continha algum tipo de vestígio.
“Apenas os peritos do IC é que devem realizar o exame no local e no corpo da vítima, se várias pessoas entram na área pode, por exemplo, haver alteração na posição dos vestígios, como projeteis, e manchas de sangue. Se o perito perceber que houve mudança na cena do crime, ele vai informar no seu laudo até que certo ponto o nível dessa descaracterização comprometeu a conclusão da dinâmica do evento e do laudo”, explicou o diretor.
São tantos casos da falta e do mau isolamento da cena do crime, que o a direção do Instituto de Criminalística pensa em realizar um trabalho de mudança no conceito de visualização para preservação dos vestígios, plantando uma nova cultura de investigação na sociedade e nos outros órgãos de segurança pública em Alagoas.
A ideia segundo o diretor José Veras é disseminar a importância do ato de isolar e preservar o local do crime, tornando o local seguro e tranquilo para que o perito criminal possa desenvolver processos e ações para encontrar vestígios. Essa visão de entender o isolamento permitirá ao perito localizar os vestígios deixados na cena do crime intactos e idôneos, a partir da forma como ele foi produzido no momento em que o crime aconteceu.
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