A prefeita de Arapiraca, Célia Rocha (PTB), foi escolhida pela presidenta Dilma Roussef (PT) para falar em nome de todos os prefeitos do Brasil, durante cerimônia de anúncio da extensão do programa Bolsa Família. A solenidade aconteceu na manhã desta terça-feira, 19, no Palácio do Planalto, em Brasília.

O evento contou com a presença do vice-presidente Michel Temer (PMDB), do presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, do governador de Sergipe, Marcelo Deda (PT), além de prefeitos e lideranças políticas de todo o país.

A ministra Tereza Campello apresentou todos os dados do Bolsa Família e afirmou que o Brasil Carinhoso mudou as formas de repasse de renda do programa.
Ela anunciou também que a partir do dia 18 de março os beneficiários do Bolsa Família vão receber R$70. "São os últimos beneficiários a ultrapassar a linha da miséria", disse a ministra.

Em seu discurso, Célia Rocha elogiou a presidenta Dilma pelas iniciativas e destacou a importância do Bolsa Família para população nordestina.
“O Bolsa Família por si só é um programa vitorioso. A Lei de Responsabilidade Fiscal limita os municípios. As pessoas antigamente queriam comida na mesa, hoje elas procuram a prefeitura para obter qualificação. A população quer melhorar sua condição de vida”, falou.

A prefeita afirmou que é preciso também inclusão social, principalmente por parte das famílias. “Não basta apenas receber o dinheiro do programa. O que as famílias precisam é fazer parte da inclusão social, com qualificação e trabalho e, principalmente, procuram isso junto às prefeituras”, disse.

A presidenta Dilma agradeceu a prefeita Célia, e contou que a expansão do programa Bolsa Família faz com que o Brasil vire uma página decisiva na história da exclusão social.

“Um país só pode tirar 36 milhões de pessoas da miséria com o Bolsa Família, quando, além de ter sensibilidade, possui também capacidade técnica, qualidade de gestão, honestidade moral e coragem política para gerar um feito dessa magnitude. Priorizamos as mulheres, as mães, como as recebedoras dos recursos do Bolsa Família. Não estamos apenas conseguindo extinguir a miséria, como estamos exportando a tecnologia social”, enfatizou.

Dilma destaca a participação dos Estados e municípios na elaboração e atualização do cadastro e busca de famílias em situação de pobreza ainda não atendidos pelo governo.

“Nosso desafio agora é garantir a educação integral e creche para os integrantes do Bolsa Família. Sinto hoje imensa alegria ao ver que, juntos, tornamos possível de realizar a meta de atingir o fim da pobreza extrema no País”, concluiu.

Arapiraca também contribui

Em entrevista à imprensa, Célia lembrou que Arapiraca foi a sede do lançamento do pacto do Brasil Sem Miséria, em 2011, na gestão do então prefeito Luciano Barbosa (PMDB).

A prefeita falou ainda dos agricultores familiares, que passaram a comercializar seus produtos em grandes estabelecimentos.

“A presidenta Dilma tem conseguindo ampliar o programa. É importante não apenas a inclusão produtiva, mas melhorando a renda também. Com essa extansão do programa, todas as famílias que ainda não estavam cadastradas vão passar a fazer parte do Bolsa Família”, comentou.
Bolsa Família ampliado

Com a medida, não existirá mais, no Bolsa Família, nenhuma família com renda mensal inferior a R$ 70 por pessoa. Este é o valor adotado como referência no Plano Brasil Sem Miséria e representa o primeiro passo para que essas famílias possam superar a situação de extrema pobreza.

A complementação de renda para esses 2,5 milhões de beneficiários do Bolsa Família terá investimento de R$ 773 milhões em 2013. O pagamento se inicia em março.

O governo ainda trabalha para incluir nos programas sociais todas as pessoas que vivem na extrema pobreza no Brasil e ainda são invisíveis ao poder público. Desde o início do Brasil Sem Miséria, em junho de 2011, 791 mil famílias com este perfil foram localizadas, cadastradas e incluídas no Bolsa Família.

Estima-se que ainda haja outras 700 mil fora do cadastro. Segundo a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, não há restrição orçamentária para a inclusão dessas pessoas nos programas sociais.