Câmeras ajudam a elucidar crimes na capital
Com 106 câmeras instaladas em Maceió e um projeto de ampliação para outros municípios em andamento, o sistema de videomonitoramento em Alagoas tem contribuído para a agilidade na ação das forças de segurança pública. Em 2013, foram abertos pelas autoridades judiciárias cerca de 80 processos para recuperação de imagens, que passaram a constar como provas em inquéritos policiais que investigam crimes de diversas naturezas.
Segundo dados da Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds), as ocorrências com maior número de incidência registradas pelo Centro de Controle Operacional (CCO) são: acidentes de trânsito (21,25%), manifestações populares (4,62%), tráfico de entorpecentes (2,51%), uso de entorpecentes (2,51%), roubo (1,45%), obstrução de via pública (1,45%), homicídio (1,25%), furto a estabelecimento comercial (1,19%), assistência a populares, como moradores de rua e doentes psiquiátricos (1,12%) e vias de fato (0,99%). A central de videomonitoramento também permite o acompanhamento eficaz de alvos da inteligência da Defesa Social no combate ao crime organizado.
O projeto de expansão do sistema de videomonitoramento, que se encontra em fase de estudos técnicos, prevê a instalação de mais 85 câmeras, sendo 52 móveis e 33 fixas, nos municípios de Arapiraca, Palmeira dos Índios, Barra de São Miguel e Marechal Deodoro.
A capital conta com 84 câmeras móveis ligadas 24 horas por dia, as quais são capazes de filmar em alta resolução e podem ser movimentadas em até 360°. As 20 câmeras fixas sevem para leitura de placas de veículos. Há, ainda, dois kits portáteis utilizados pelo Detran em diversas localidades do estado. As 106 câmeras de videomonitoramento estão espalhadas por 26 bairros, dos 50 existentes em Maceió.
Barro Duro, Bebedouro, Benedito Bentes, Bom Parto, Centro, Cidade Universitária, Clima Bom, Cruz das Almas, Farol, Feitosa, Graciliano Ramos, Gruta de Lourdes, Jacarecica, Jacintinho, Jaraguá, Jatiúca, Pajuçara, Poço, Ponta Grossa, Ponta Verde, Pontal da Barra, Santa Amélia, Serraria, Tabuleiro, Trapiche e Vergel do Lago foram contemplados estrategicamente a partir de levantamento e pesquisa sobre o movimento de pessoas e a malha criminal que apresentam. O Centro, com 15 câmeras em funcionamento, o Vergel, com 13 e a Jatiúca, com dez, são as localidades que receberam maior quantidade de equipamentos.
Como funciona
De acordo com o chefe do Núcleo dos Centros Integrados de Operações da Defesa Social, o major da Polícia Militar André Álvaro do Bonfim, o procedimento de atuação frente a uma ocorrência registrada pelas imagens tem início a partir do trabalho do operador da câmera, que monitora determinada localidade.
“O supervisor é informado e imediatamente aciona a central de operações, à qual cabe definir que tipo de guarnição profissional da segurança pública, bombeiros, polícia militar ou civil, será enviado para a ocorrência”, explicou.
O mesmo, segundo o major, acontece com bares e restaurantes que possuem o chamado “botão do pânico”, um dispositivo utilizado em situações de risco que, ao ser acionado, dispara um alarme localizado na central de operações da PM. Atualmente, o botão do pânico está instalado em 20 estabelecimentos na capital, como resultado de um acordo de cooperação entre a Associação dos Bares e Restaurantes de Maceió (Abrasel) e a Seds.
Investimentos
O investimento do Governo do Estado no sistema de videomonitoramento para a melhoria da segurança pública e otimização do trabalho policial, até o momento, gira em torno de R$ 12 milhões. Os recursos do programa federal Brasil Mais Seguro foram aplicados na aquisição das câmeras e demais equipamentos necessários, como postes, nobreaks (sistemas de alimentação de energia elétrica), cabos de fibra ótica, monitores, além dos serviços de instalação, operação e manutenção.