Copa do Mundo já gerou mais de 43 toneladas de resíduos no DF
Brasília já foi palco de três jogos da Copa do Mundo e nas duas primeiras partidas foram produzidas 43,2 toneladas de resíduos no Estádio Nacional, o Mané Garrincha, e na área do Taguaparque, destinada à Fifa Fan Fest.
Segundo o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) do Distrito Federal, 102 garis se dedicam à limpeza do estádio e mais 90 trabalhadores à Fan Fest.
No primeiro jogo na capital federal, entre o Equador e a Suíça, foram recolhidas 3 toneladas de lixo seco da área externa do Mané Garrincha e 7 toneladas de lixo orgânico. O público que assistiu a essa partida foi 68.351 pessoas. No mesmo dia, na Fifa Fan Fest, os garis recolheram mais de 20 toneladas de lixo seco.
No jogo entre a Costa do Marfim e a Colômbia, com 68.748 torcedores, foram coletados no estádio 4 toneladas de lixo seco e 6,7 toneladas de lixo orgânico. Na Fifa Fan Fest, o total de material seco chegou a 2,5 toneladas.
O SLU ainda não contabilizou o que foi recolhido no jogo de ontem, entre o Brasil e Camarões, que teve público de 69.112 torcedores. Segundo o órgão, o lixo orgânico é destinado ao Lixão da Estrutural, o depósito de resíduos da cidade que recebe mais de 2 mil toneladas de lixo por dia. Os recicláveis são enviados para a cooperativa de catadores 100 Dimensão, que faz a triagem do lixo seco produzido nessa Copa do Mundo.
A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) informou que o Brasil deverá gerar um volume adicional de cerca de 15 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos durante a Copa, incluindo o total gerado com o turismo, nos estádios e nas Fan Fests que ocorrem nas cidades-sede do torneio.
Segundo a associação, que representa as empresas que atuam nos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, as cidades em que haverá maior geração de lixo são Brasília (1.827,66 toneladas), São Paulo (1.681,20 toneladas), Rio de Janeiro (1.616,63 toneladas) e Fortaleza (1.467,16 toneladas).
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) contemplou seis cidades-sede com R$ 2,3 milhões para as operações de limpeza - Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal e São Paulo. A iniciativa para estimular a coleta seletiva visa a fortalecer a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que determina que até 2 de agosto deste ano apenas rejeitos orgânicos deverão ser enviados para os aterros sanitários.
Os recursos foram usados em capacitações, gastos com remuneração, aquisição de uniformes e equipamentos de proteção, alimentação e transporte dos catadores, logística para transporte do material coletado e divulgação das ações de coleta seletiva solidária.
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