Região Metropolitana do Agreste

Justiça decreta ilegalidade da greve dos docentes, em Lagoa da Canoa

Por 7 Segundos 25/07/2014 16h04
Justiça decreta ilegalidade da greve dos docentes, em Lagoa da Canoa
Professores protestam em praça da cidade de Lagoa da Canoa - Foto: Josival Menezes/ 7 Segundos

A justiça decretou a ilegalidade da greve dos professores do município de lagoa da Canoa, nesta sexta-feira (25) e os professores serão obrigados a voltar as atividades sem nenhum reajuste.

A greve teve início no dia 6 de junho e os docentes querem um reajuste de 8,32%, que equivale ao piso nacional. No entanto, o prefeito alega que não pode dar aumento. Caso os educadores não obedeçam à lei, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação terão que pagar multa de R$ 50 mil.

A presidente do Sinteal, Juracy Pinheiro, contou que os argumentos que constam no documento  são de que os servidores não avisaram do ato 72 horas antes, como pede a lei e que também não deixaram 30% de pessoas trabalhando. “Essa justificativa não procede, pois fizemos tudo como determina a lei”, disse Juracy.

De acordo com Juracy, o sindicato sequer foi notificado pela justiça. “A prefeitura não esperou nem que a justiça enviasse a notificação pelos Correios ou através do oficial de justiça, imprimiu logo o processo e enviou”, comentou.
 

Juracy acrescentou que vai comunicar ao Sinteal em Maceió e os profissionais irão recorrer da decisão, mas que enquanto isso irão retornar as atividades. “Temos que obedecer a lei. Vamos fazer uma assembleia segunda-feira (28) à tarde para voltar a fazer outro tipo de atividade”, salientou.

Segundo Juracy, a prefeitura não reduziu a carga horária de todos os professores. “Isso nós nem estamos cobrando, o que estamos cobrando agora é o reajuste”, frisou.

Ela ainda colocou que este ano o município  teve 6% de incremento anual. “pelo menos 6% ele poderia dar de reajuste”, alegou.


A presidente ainda colocou que os docentes estão abertos ao diálogo. “O que a gente não pode é se conformar e ficar sem aumento”, pontuou.

A reportagem tentou entrar em contato com o prefeito do município Álvaro Melo, mas até o fechamento da matéria eles não atendeu as ligações.