Alagoas

Idosa recebe alta após cirurgia intermediada por Defensoria

Por Assessoria 24/10/2014 16h04

A senhora Nadieje Ferreria, 76 anos, recebeu alta médica nesta semana, após ser submetida com urgência a uma cirurgia no coração de três pontes de safena. O procedimento cirúrgico, que aconteceu no Instituto do Coração DA Santa Casa de Misericórdia de Maceió, só foi possível após a intervenção do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon) da Defensoria Pública do Estado de Alagoas, que pleiteou para que a cirurgia de revascularização do miocárdio acontecesse na região em que reside a senhora e não em outro estado, como pretendia o seu plano de saúde.

Conforme a defensora pública e coordenadora do Nudecon, Norma Negrão, a assistida precisava com urgência realizar esta cirurgia, no entanto o plano de saúde queria encaminhá-la para outro estado. “Recebemos o filho desta senhora no Núcleo, exatamente no dia 10 de outubro, e no mesmo dia conseguimos a internação da senhora na Santa Casa de Misericórdia”, relembrou a defensora.

“O procedimento era urgente e havia risco de vida, havia relatório médico indicando várias obstruções no coração e o plano de saúde só autorizava para que a cirurgia fosse feita ou em Recife ou no Rio de Janeiro, com a justificativa de não ter estrutura em sua rede hospitalar local para realizar esta cirurgia de alta complexidade. Tendo em vista a idade desta senhora e a gravidade da cirurgia, o transporte para outra cidade seria submetê-la a um risco desnecessário. Não justificava a transferência para outro local, se nesta cidade temos Hospital com estrutura para uma cirurgia deste porte”, explicou Norma.

Mesmo com os problemas enfrentados, a cirurgia teve um resultado positivo. O filho da dona Nadieje, Waldney Ferreira, explicou que a mãe é pensionista da aeronáutica e que, recentemente, havia mudado para o HapVida. “Quando ocorreu a urgência da cirurgia, o plano se mostrou resistente para viabilizar o procedimento. Minha mãe chegou a ficar internada no hospital do plano uma semana, mas a cirurgia não era realizada, o plano atestava que teria que ter autorização da aeronáutica”, afirmou Waldney.

“Foi uma batalha grande, eles foram resistentes, não queriam fazer a cirurgia aqui e ficavam jogando um para o outro. Demorou 10 dias até que conseguíssemos. Eu estava com 3 laudos médicos em que constavam que essa cirurgia era urgente e mesmo assim ficaram protocolando. Que bom que ocorreu tudo bem, graças a Defensoria Pública conseguimos a internação rápida dela e a minha mãe já passa bem”, comemorou Waldney.