Organizadores do desafio de ciclismo são multados por crime ambiental
Garrafas de água, latas de refrigerantes e recipientes de isotônicos. Todo esse lixo com potencial reciclável foi encontrado pela equipe de Flora e Fauna da FiscaliZação Preventiva Integrada do São Francisco/Alagoas (FPI), na estrada, onde acontecia o Desafio Internacional de Ciclismo na cidade de Arapiraca.
Organizado pela Associação Arapiraquense de Ciclismo e pela Organização Arnon de Melo, o evento ocorreu sem autorização ambiental do IMA, o que rendeu uma multa de R$ 13 mil à entidade esportiva.
A equipe da FPI retirou da estrada entre Craíbas e Arapiraca três sacos de lixo em apenas 50 metros do percurso, embora a sujeira se estendesse por quilômetros.
O Batalhão de Operação Ambiental levou o presidente da Associação Arapiraquense de Ciclismo, Egberto Pedro, à Delegacia Regional de Arapiraca para lavrar um TCO devidos às irregularidades encontradas. O Termo foi registrado pelo delegado platonista.
O Ministério Público Estadual orientou os organizadores da competição que desenvolva uma campanha educativa e crie mecanismos de punição para que os ciclistas evitem o lançamento de lixo no solo e na mata.
Além da autorização ambiental, o IMA cobrou dos organizadores da prova um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. O documento é necessário para obter a autorização ambiental.
O Instituto também solicitou aos responsáveis pelo evento a apresentação, no prazo de dois dias, uma segunda autorização ambiental, desta vez para a etapa deste domingo, cujo percurso é de 233 Km entre Arapiraca e Maceió. "A falta do documento pode aumentar o valor da multa por reincidência", completou o fiscal do IMA, Hidelberto Barbosa.
Em conversa com representantes da FPI do São Francisco, Egberto Pedro reconheceu as falhas no evento e garantiu que no próximo ano adotará todas as medidas necessárias para legalizar a competição ciclista dentro da legislação ambiental. Ele tem 20 dias para recorrer da multa.