Os reeducandos do Presídio do Agreste participaram, nessa quinta-feira (27), de um mutirão de emissão de documentos promovido pela Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris), em parceria com o Instituto de Identificação de Alagoas. Cerca de 80 custodiados foram beneficiados com a emissão de documentos como carteira de identidade e registro de nascimento.
Esta é a primeira vez que a ação é realizada no Presídio do Agreste. Já no complexo prisional, em Maceió, semanalmente cerca de dez reeducandos são beneficiados com a emissão do RG.

O trabalho de emissão de documentos é uma das ações realizadas pelo Balcão Cidadão da Superintendência de Administração Penitenciária (Sap), setor que nasceu para garantir aos custodiados acesso a direitos sociais, entre eles emissão de carteira de identidade, CPF, Certidão de Nascimento, título eleitoral e outros documentos, sendo parceiro no processo de garantir acesso dos internos a benefícios sociais.

Com apenas dois anos de funcionamento, o Balcão Cidadão já conseguiu garantir a emissão de documentos oficiais para mais de 3 mil reeducandos. Só no primeiro ano de funcionamento, cerca de 2 mil documentos foram emitidos. De janeiro a outubro deste ano, já foram emitidas mais 700 carteiras de identidade e cerca de 400 cartões bancários para os custodiados trabalhadores, CPF e certidões de nascimento.

Segundo a gerente do Balcão Cidadão, Gisele Máximo, o mutirão faz parte do processo de ampliação dos serviços de emissão de documentos, agora também ofertada para a unidade do Agreste. “Estamos iniciando com a emissão de RG, mas futuramente ampliaremos para emissão de outras documentações, como já é feito nas outras unidades”, afirmou.

“Alguns reeducandos chegam ao sistema prisional sem ter nem a certidão de nascimento. Nosso trabalho garante a eles este acesso, e chego até a dizer que é como se eles nascessem no sistema prisional. Vê-los ganhando todos os seus direitos civis demonstra que o nosso trabalho está dando bons resultados”, concluiu a gerente.

O custodiado Rafael Gomes foi um dos internos beneficiados com o mutirão. Com 24 anos, foi a primeira vez que ele conseguiu tirar a carteira de identidade. “Quando estava fora daqui, nunca me interessei em tirar meus documentos, mas agora vejo como isso é importante”, disse.