Economia retoma crescimento com alta do PIB, diz Ministério da Fazenda
O Ministério da Fazenda avalia que o aumento de 0,1% do PIB no terceiro trimestre na comparação com o trimestre anterior mostra que a economia entrou em processo de retomada do crescimento econômico, embora em ritmo ainda modesto. O ministério destacou também, por meio de nota, a expansão de 1,7% da indústria e de 1,3% dos investimentos.
“Os indicadores antecedentes e coincidentes sinalizam a continuidade dessa trajetória de melhora no quarto trimestre. A retomada do investimento é fundamental para que o crescimento econômico se acelere e tenha sustentação ao longo do tempo”, informa a nota.
Outro destaque, informou o ministério, é que a queda de 1,9% na agricultura no terceiro trimestre foi provocada basicamente pela seca prolongada, que afetou importantes culturas, como a de cana-de-açúcar e a de café.
Na avaliação do ministério, é importante mencionar que a demanda interna mostrou enfraquecimento no terceiro trimestre, situação expressa na queda de 0,3% do consumo das famílias, que reflete a escassez de crédito em um ambiente de restrição monetária para combater a inflação. “É importante destacar que o crédito começa a dar sinais de melhora, mas ainda está aquém do necessário para levar a taxa de crescimento do consumo das famílias para uma situação de normalidade.”
Outro destaque na nota é para o baixo desemprego no país, com a menor taxa de desemprego da série histórica (4,7% em outubro) e para a continuidade do aumento da renda dos trabalhadores. Para o ministério, isso significa que a massa salarial continuou crescendo, mas o desempenho do mercado interno tem sido contido pela falta de crédito.
“O bem-sucedido desempenho do mercado de trabalho brasileiro é resultado da estratégia de política econômica anticíclica, que mitigou os impactos da desaceleração econômica mundial e doméstica sobre os trabalhadores”, diz a nota.
O ministério destaca ainda que a economia brasileira apresenta fundamentos macroeconômicos sólidos e tem todas as condições para apresentar, no quarto trimestre e em 2015, crescimento mais intenso, garantindo e ampliando as conquistas sociais, em especial da população trabalhadora e de menor renda.