Baixo São Francisco

Prefeitura de Neópolis é processada por poluição no rio São Francisco

Por 7 Segundos com assessoria 11/12/2014 08h08
Prefeitura de Neópolis é processada por poluição no rio São Francisco
- Foto: Reprodução

O Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE) entrou com uma ação contra a prefeitura de Neópolis por despejar esgoto doméstico no Rio São Francisco. A União e o Estado também são réus no processo que visa fazer cessar a poluição com a implantação de um esgoto sanitário na cidade, bem como a reparação dos danos ambientais provocados.

De acordo com a assessoria de comunicação do órgão, a prefeitura de Neópolis não atendeu às necessidades de saneamento básico do município e nem existe nenhum projeto para a implantação na cidade, ainda que em fase inicial, de esgoto sanitário, conforme declarou a Administração Estadual de Meio Ambiente (Adema).

Segundo apurado pelas investigações, o município tem uma alta concentração de dejetos no rio São Francisco. O nível de substâncias vindas do esgoto doméstico e encontradas nas águas que cortam o território de Neópolis é 36 vezes maior que o de antes de chegar à sua fronteira – passando de 1.950 por 100 ml para 70.000 por 100 ml do nível de coliformes fecais. O que, de acordo com o apurado, poderia ter sido solucionado caso existissem investimentos em saneamento básico.

O laudo das investigações destaca ainda que o município havia assinado contrato com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para a contratação de obras de saneamento. Mas, devido a negligência da prefeitura no processo licitatório, passou-se a responsabilidade para a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que apenas se limitou a fazer o projeto.

Para o procurador da República José Rômulo Silva Almeida, a poluição do Rio São Francisco compromete o banho, a pesca e o cultivo intensivo nas águas. Além de ser um risco à saúde pela contaminação com bactérias, vírus e outros micro-organismos causadores de doença.