Maceió

Militares custodiados no Sistema Prisional de Alagoas estão comendo biscoito

Por Redação 02/01/2015 11h11
Militares custodiados no Sistema Prisional de Alagoas estão comendo biscoito
- Foto: Reprodução

O site 7 Segundos recebeu denúncias de que os militares que estão custodiados  no Presídio Baldomero Cavalcante,  em Maceió,  estão há três dias sem receber uma alimentação regular nas celas. De acordo com as denúncias,  os militares já condenados e aqueles que estão sub júdice estariam comendo biscoito em substituição às refeições.

A refeição de todos os 5.576 reeducandos do Sistema Prisional de Alagoas é de responsabilidade da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), mas a partir de 2014, o Comando da Polícia Militar de Alagoas, passou a comprar os gêneros alimentícios e preparar as refeições dos militares reclusos no sistema prisional. As refeições eram preparadas na unidade do Batalhão de Polícia de Guarda (BPGd), cuja sede fica próxima ao Presídio Baldomero Cavalcante.

Mas na última terça-feira (30) o Comando da PM decidiu suspender a compra e fornecimento da alimentação dos militares e o serviço voltou a ser de responsabilidade da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).

A partir dessa mudança os militares que estão reclusos no Centro de Observação Criminológica (COC) do Baldomero Cavalcante,  estariam sem a regularidade na alimentação.

O coronel Marcos Correia, diretor de Apoio Logístico da PM de Alagoas, confirmou que o preparo da alimentação voltou a ser de responsabilidade do Seds, mas não soube informar qual o motivo da suspensão do serviço realizado anteriormente pela PM.

“Eu recebi uma determinação do Comando Geral de suspender o preparo da alimentação mas não cabe a mim saber quais os motivos que levaram a essa determinação”.

O portal 7 Segundos entrou em contato com a Assessoria de Comunicação (Ascom) da Superintendência Geral da Administração Penitenciária (SGAP), que negou a falta de alimentação no presídio Baldomero Cavalcante. Mas a assessoria confirmou que a suspensão do serviço antes fornecido pelo Batalhão de Polícia de Guarda (BPGd) pode ter gerado uma falha na logística da distribuição dos alimentos no COC, onde os militares estão reclusos.

“ Estamos nesse processo de início de um novo governo, um período muito delicado. Muitos diretores de unidades prisionais já havia pedido exoneração de cargos,outros serão substituídos nas próximas semanas. Mas acredito que tudo será regularizado nos próximos dias”, informou a Ascom.