Em entrevista a uma rádio local na manhã desta terça-feira (03), o Presidente do Sindicato dos Taxistas de Arapiraca, Osmair Martins, denunciou que algumas Centrais de Táxi da cidade estão trabalhando com veículos considerados clandestinos, sem identificação, taxímetro ou motoristas cadastrados.

Por telefone, Osmair informou que em 2013, o sindicato realizou um levantamento em todas as centrais da cidade e em seguida encaminhou os motoristas irregulares para cadastramento. "Infelizmente nossa ação não adiantou muito, pois pouco tempo depois as empresas começaram a colocar mais carros em inconformidade para trabalhar como táxi".

Na semana passada, o Sindicato se reuniu com os empresários donos das centrais de táxi e informou que o setor de inteligência da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) já está reunindo provas para fiscalizar e autuar os motoristas não cadastrados.

Um taxista, que preferiu não ter seu nome divulgado para evitar represálias, acha injusto o trabalho dos clandestinos, principalmente pela quantidade de impostos pagos anualmente pela categoria. "Além de cadastros, recadastros e manutenções eventuais nos veículos, nós que trabalhamos legalmente ainda pagamos inúmeros outros impostos para poder rodar como taxistas. Enquanto isso, um clandestino toma nossas corridas e ainda cobra mais barato por isso", desabafou. 

A equipe de reportagem do Portal 7 Segundos entrou em contato com o Superintendente da SMTT, Ricardo Teófilo, e ele informou que infelizmente não tem como interferir nas centrais de táxi, mas que está intensificando a fiscalização. Segundo ele, o órgão está realizando o recadastramento de todos os permissionários dos serviços de transporte público de passageiros, como táxi, moto-táxi, vans e ônibus que fazer o transporte coletivo intra-municipal, no perímetro urbano da cidade e que também realizam o transporte escolar e de carga em todo o município.

Todos os veículos que estiverem trabalhando de forma clandestina ficarão sob pena de multa, inclusão na dívida ativa do município e até mesmo a cassação do alvará que regulamenta esse tipo de transporte, segundo Ricardo Teófilo.

“Durante o período do recadastramento, a SMTT realiza procedimentos de vistoria veicular e faz toda a checagem dos documentos dos veículos para verificar o exercício legal da atividade junto aos órgãos competentes”, esclareceu o superintendente.