Lei Seca contribui para redução da violência no trânsito, afirma Detran
Dirigir sob o efeito de álcool passou a ser um ato repensado por muitos motoristas que decidem salvar a própria vida e preservar a do próximo. De acordo com dados fornecidos pela Coordenadoria Setorial de Segurança no Trânsito (CSST) do Detran/AL, em 2011, ano que antecedeu a implantação da Lei Seca em Alagoas, foram registradas pelo Instituto Médico Legal (IML) 275 mortes no trânsito. Já em 2012, com a vigência da lei, houve uma diminuição e foram registradas 161 vítimas fatais. Ao todo, foram 114 mortes a menos.
A redução na taxa de mortalidade provocada pela violência no trânsito mostra que a lei vem protegendo a vida de muitas pessoas. A forma como as ações de fiscalização e educação tem sido conduzida gerou um impacto positivo para boa parte da sociedade alagoana, que cada vez mais está contribuindo com a redução do índice de acidentes.
“Durante as abordagens, não fazemos apenas o convite para o condutor se submeter ao teste do bafômetro. Realizamos também a revista tanto no condutor como no veículo. Nosso intuito também é apreender drogas e armas, o que tem acontecido com relativa freqüência. Quando a operação apreende armas e drogas evita crimes”, ressaltou o Coordenador da Operação Lei Seca, Antônio Monteiro.
Ainda segundo o coordenador, outras imprudências que ocasionam violência no trânsito estão relacionadas ao uso do celular no volante onde as pessoas estão conectadas o tempo inteiro desviando atenção da via; o excesso de velocidade provocado pela adrenalina principalmente em adolescentes e o não uso do capacete.
No carnaval deste ano de 2015, o resultado foi inédito. Enquanto que nos anos anteriores muitas pessoas perderam a vida nas estradas estaduais, este ano não houve morte registrada.
Para o diretor-presidente do Detran/AL, Antônio Carlos Gouveia, a ajuda de órgãos parceiros como o Batalhão de Policiamento no Trânsito (Bptran), Comando de Policiamento da Capital (CPC), Departamento de Estradas e Rodagens (DER), SMTT, Polícia Rodoviária Federal, e com o apoio das Secretarias de Defesa Social e da Saúde, além do Conselho de Segurança contribuiu bastante para o alcance deste êxito principalmente por ser um período de grande consumo de álcool.
“Ainda há muito a se fazer para termos um trânsito mais humano e menos violento, mas estes números estão fortalecendo o sentimento de que estamos no caminho certo”, finalizou o presidente da autarquia.
O art. 165 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) diz que dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência é considerado infração gravíssima, que, além da multa de R$ 1.915,40 e apreensão da CNH, pode ocasionar ao condutor perder o direito de dirigir por 12 meses. Em caso de reincidência no período de até 12 meses, a multa é aplicada em dobro.
O Detran vem intensificando as fiscalizações na capital e no interior com objetivo de diminuir cada vez mais a taxa de mortalidade no trânsito. Conscientizando os condutores sobre os riscos e a responsabilidade pela sua vida e pela do próximo.