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Dilma utiliza argumentos de defesa similares aos de Collor na época do Impeachment

Por Redação com Uol com Uol 14/07/2015 16h04
Dilma utiliza argumentos de defesa similares aos de Collor na época do Impeachment
- Foto: Reprodução

Uma das poucas possibilidades de impeachment da presidente Dilma Rousseff, e tão esperado pelos políticos de direita, seria a baseada nas pedaladas fiscais das contas do governo de 2014. Caso o Tribunal de Contas da União (TCU) rejeite a prestação de contas do governo, Dilma pode ser acusada de não cumprir com a Lei de Responsabilidade Fiscal.

A presidente precisa convencer o órgão de fiscalização de que é inocente, pois caso contrário, o processo será julgado pelos deputados federais, que terão motivos de sobra para abrir o processo de impeachment.

O único caso de destituição de um presidente brasileiro aconteceu há 23 anos, quando Fernando Collor de Mello foi retirado do poder tendo como base inúmeros esquemas de corrupção ligados à ele.

A coincidência não está unicamente ligados aos esquemas da atualidade, mas também no discurso de defesa utilizado agora e há 23 anos, que são bastante parecidos.

Em 1992, o então deputado Roberto Jefferson, responsável pela defesa de Collor, utilizava termos como "Fazer (a oposição) ao terceiro turno eleitoral"; Punir "a vitória pela minoria derrotada"; Rasgar "os dispositivos constitucionais"; Transformar "a CPI do PC (leia-se Lava Jato) no açoite contra o presidente"; "Rasgar a Constituição"; Agir pelos "preconceitos ideológicos".

Tais argumentos foram nitidamente ressuscitados em defesa de Dilma Roussef. Os discursos apesar de serem de épocas diferentes, trazem aprendizado, principalmente nas técnicas de retóricas utilizadas, e que podem muito bem servir para que o presente seja melhor compreendido.