Arapiraca

Agentes penitenciários denunciam irregularidades no presídio do Agreste

Por Redação 20/07/2015 12h12
Agentes penitenciários denunciam irregularidades no presídio do Agreste
Presídio do Agreste - Foto: Reprodução

Agentes penitenciários que trabalham no presídio do Agreste localizado na zona rural de Girau do Ponciano, denunciaram que a administração do presídio vem cometendo várias irregularidades. 

De acordo com os agentes que não revelaram os nomes por medo de retaliação, a empresa Reviver, que administra o presídio, teria demitido um agente penitenciário, após uma exigência de traficantes que estão cumprindo pena na unidade prisional.

Segundos as denúncias há cerca de dez dias a Polícia Militar realizou uma varredura no presídio e foi encontrada uma carta desse suposto traficante determinando a demissão de dois agentes penitenciários. Caso o pedido não fosse atendido seria realizada uma rebelião. Ainda segundo as denúncias,  na última sexta-feira(17),  um dos agentes citados na carta foi demitido. O outro deve ser desligado nos próximo dias.

Além da carta solicitando a demissão dos dois funcionários, também foram encontrados durante essa revista no presídio, celulares, facas artesanais, cocaína e maconha.

“Tudo isso foi apreendido e eles não divulgaram nada. A administração da Reviver quer passar a impressão que tudo está sendo controlado, mas quem manda lá dentro são os presos”, denunciou um agente.

Insegurança

Os denunciantes afirmam também que há poucos agentes trabalhando internamente  para uma população carcerária muito alta. Em média são 40 agentes que trabalham por plantão, no presídio onde há cerca de 800 reeducandos. Eles afirmam que em cada módulo fica em média 130 reeducando e apenas quatro ou no máximo cinco agentes penitenciários fazendo a segurança no local usando apenas o cacetete.

“É muito arriscado, não podemos usar arma, se houver uma rebelião, qualquer um de nós pode se tornar um refém de presos de alta periculosidade”, relatou outro agente penitenciário.

O portal 7Segundos tentou entrar em contato com a direção do presídio do Agreste para confirmar as denúncias  mas o gerente geral,  José Gilton, não se encontrava.