Agreste

Municípios não investem em saúde e prejudicam atendimentos em Arapiraca

Por 7 Segundos 10/08/2015 18h06
Municípios não investem em saúde e prejudicam atendimentos em Arapiraca
- Foto: Reprodução

A saúde pública de Arapiraca tem sido pauta para muitas reclamações, principalmente nos corredores de hospitais tidos como referência, como o Regional, no centro da cidade. A falta de recursos federais e o aumento na demanda de pessoas vindas de municípios vizinhos tem sido o principal fator para gerar tais situações.

A crise financeira tem atingido as três esferas do governo (municipal, estadual e federal) e a saúde pública é uma das principais áreas afetadas.

Segundo a lei, todas as cidades são obrigadas a investir pelo menos 15% de suas receitas em saúde. Mesmo diante a atual crise, a prefeitura de Arapiraca tem feito o possível para manter o atendimento de seus habitantes e tem inclusive investido mais que o dobro do recomendado pela lei. Só em 2014 foram investidos cerca de 32% da receita total do município em saúde pública.

O problema é que o esforço acaba sendo dissipado pois a rede municipal tem que atender uma região pobre e sem estrutura. Assim, as cidades vizinhas acabam por investir em ambulâncias ao invés de investir em estrutura de saúde.

Todos os dias a cidade de Arapiraca recebe dezenas de veículos de outras cidades em busca do atendimento ausente em seus municípios de origem.

Ao invés de a cidade ter seus recursos somados, o que acontece é justamente o contrário: os déficits financeiros das cidades vizinhas concentram-se na capital do agreste.

Com a pactuação, o recurso enviado de um município para o outro devido a uma maior rede de assistência torna-se insuficiente diante de uma grande demanda de assistência e assim tornando a prefeitura dependente do estado e da união, já que na maioria dos casos, os valores enviados têm valor máximo transferido pelo Ministério da Saúde baseado na quantidade de habitantes o que prejudica as cidades que possuem no seu entorno um grande número de municípios com assistência de saúde insuficientes.