Alagoas

Prorrogação do pagamento de dívida de produtores beneficia cooperativas de Alagoas

Por Redação com assessoria 11/08/2015 18h06
Prorrogação do pagamento de dívida de produtores beneficia cooperativas de Alagoas
- Foto: Reprodução

As cooperativas e pequenos produtores de todo o Brasil ganharam mais prazo para renegociação de dívidas da Cédula de Produto Rural (CPR). A Lei 13.154, sancionada pela presidente Dilma Rousseff e que entrou em vigor desde o último dia 30 de julho, estende o prazo de renegociação da dívida com a Conab até dezembro de 2019.

A nova lei beneficia mais de 20 mil pequenos agricultores familiares de Alagoas e 13 associações e cooperativas, entre elas a Cooperativa Agropecuária de Campo Grande (Cooperagro) e a Cooperativa Pindorama. "Nós estamos extremamente satisfeitos com a nova lei e agradecemos muito o empenho dos parlamentares da Câmara e do Senado e da própria presidente. Isso beneficia nosso grupo porque não vai impactar o caixa e tirar da margem do cooperado", aponta Eloisio Lopes, presidente da Cooperagro.

Para o deputado federal Paulão (PT/AL), a conquista foi uma vitória para Alagoas. “Foi uma vitória importante porque viabiliza mais crédito para novos estoques e ajuda os produtores a enfrentar dificuldades, sobretudo na região Agreste, que sofre com a queda do preço da farinha de mandioca, e na Zona Canavieira, que passa por uma crise sem precedentes”, avaliou.

Terão um prazo maior de pagamento da CPR a modalidade de formação de estoque do Programa de Aquisição de Alimentos contratados até o dia 31 de dezembro de 2012. De acordo com Eloisio, para quem deseja liquidar a dívida a curto prazo, a lei garante desconto. No caso da Cooperagro, o desconto é de 75% no valor da dívida.

"Vamos conseguir reverter o pagamento em até R$ 1 mil para cada cooperado. Se tivéssemos que pagar a dívida na totalidade, teríamos que comprometer a atividade do nosso produtor porque o mercado está ruim e não cobre os custos da produção", afirma Lopes, explicando que a superoferta da mandioca no mercado depois dos anos de seca, em 2012 e 2013 e que penalizou a produção local, fez com que os preços do produto caíssem em todo o país.