Mãe de jovem encontrado morto em PE acusa policiais alagoanos pelo crime
O corpo de Lucélio Firmino da Silva, de 25 anos, encontrado em avançado estado de decomposição na zona rural de Bom Conselho-PE, nesta quarta-feira (19), apresentou sinais de tortura e família suspeita que policiais estejam envolvidos no crime. De acordo com a Polícia Civil, ele seria integrante da quadrilha desarticulada no último dia 13 de agosto na zona rural de Junqueiro.
Lucélio era considerado foragido desde o dia da operação policial, que resultou na prisão de sua esposa, identificada como Bruna, e na morte de três suspeitos, dentre eles o artista plástico Luciano Amorim.
Em entrevista exclusiva para o Portal 7 Segundos, a mãe de Lucélio, Maria Aparecida, afirmou que na quarta-feira (12), noite anterior a operação policial, seu filho saiu de casa dizendo que ia encontrar os amigos na fazenda Brejo dos Bois, em Junqueiro, mas ele nunca voltou pra casa.
"Eu cheguei a perguntar o que ele (Lucélio) ia fazer lá, mas ele só disse que ia 'tomar umas' com os amigos. Eu até pedi para ele ficar e preparar uns currículos para entregar nas empresas", relatou.
Para ela, seu filho foi levado da fazenda, torturado pelos policiais e em seguida foi descartado, já morto, no estado de Pernambuco.
"Eles fizeram uma chacina lá e quando viram a 'merda' vieram falar que meu filho estava foragido e que era perigoso. Eles mataram pessoas inocentes como Luciano e meu filho. Com relação aos outros, eu não os conhecia, não posso dizer se realmente estavam envolvidos", disse.
Maria Aparecida informou ainda que vizinhos de seu filho teriam dito que o próprio Delegado Mário Jorge teria invadido a casa dele e levado Bruna para interrogatório. A denúncia contradiz a afirmação do delegado de que não teria participado da operação.
Nossa equipe tentou entrar em contato com o Delegado Mário Jorge, mas não obteve êxito.
A mãe de Lucélio teme que por causa das denúncias possa ser vítimas de represálias, mas mesmo assim pretende seguir na luta para saber o que houve com seu filho.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Pernambuco dá conta de que o jovem estava com lesões de arma de fogo de grosso calibre na região da cabeça e teria sido executado há pelo menos oito dias, que coincide com a data exata da operação na fazenda Brejo dos Bois.
O corpo de Lucélio foi encontrado do lado de outro, que ainda não foi identificado.
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