Tentativas de suicídio preocupam profissionais da UE do Agreste
Somente este ano, a Unidade de Emergência Daniel Houly (UEDH) já atendeu 188 pacientes vítimas de tentativa de suicídio. A quantidade de casos chama a atenção e, de acordo com o serviço de psicologia do hospital, essas pessoas tentaram tirar a própria vida.
Apesar dos números apresentarem uma importante queda se comparados ao ano anterior, as estatísticas ainda são preocupantes. Em 2014 o hospital atendeu 364 pacientes por este motivo. Este ano, de 1º de janeiro a 15 de agosto, 113 pacientes receberam atendimento após utilizarem medicamentos; 48 utilizaram veneno, arma branca (7), arma de fogo (1), afogamento (1) e outros métodos (18).
Após receberem o atendimento médico necessário, o serviço de psicologia do hospital conversa em particular com os pacientes e seus familiares, analisando e discutindo os componentes motivadores daquele ato. Na maioria dos casos, os pacientes são indicados para darem continuidade ao acompanhamento psicológico.
A psicóloga Monica Leal falou sobre algumas situações ligadas diretamente aos casos de tentativa de suicídio. Segundo ela, tanto em homens quanto em mulheres as crises conjugais ou separações são os principais motivos que levam as pessoas atentarem contra a própria vida.
Nesses casos as tentativas de suicídio geralmente ocorrem nos fins ou no início da semana. “Os desentendimentos entre casais geralmente ocorrem nos finais de semana. Cito como exemplo as pessoas que saem para se divertir e acabam deixando seus companheiros ou companheiras desassistidos. Consequentemente, as brigas e desentendimentos também são mais comuns nesses dias”, frisou.
O desemprego, o acúmulo de dívidas e a perda de um ente querido também são situações potencialmente motivadoras para a prática da tentativa de suicídio.
A ingestão de medicamentos é mais comum entre as mulheres. Já os homens buscam métodos “mais violentos” para tirar a própria vida, utilizando armas de fogo, saltando de locais altos ou se enforcando.
Ainda de acordo com a psicóloga, a quantidade de pessoas que atentam contra a própria vida é bem maior que os números apresentados pelas estatísticas da UE. “Lamentavelmente a maioria das pessoas que se utilizam dos métodos mais violentos não conseguem sobreviver e morrem antes de receberem atendimento médico”, finalizou Mônica Leal.
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