Durante uma entrevista coletiva realizada na manhã desta sexta-feira (28), em Maceió, o Governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), afirmou que a crise financeira pode fazer com que o Estado parcelo os salários dos servidores públicos. 

De acordo com o político, a gestão tem feito de tudo para evitar o parcelamento, mas explicou que o momento vivido por Alagoas tem dificultado a regularidade da filha de pagamento, principalmente depois dos constantes cortes de repasses da União.

"Essa possibilidade até existe, mas estamos trabalhando duro para que não aconteça. Hoje mesmo o ministro Nelson Barbosa, do Planejamento, deu uma entrevista onde disse que a frustração da receita na União foi de R$ 150 bilhões. Nós estamos cortando na carne para que essa medida não chegue aqui. Reduzi secretarias, cortei 30% dos cargos comissionados para garantir que tenhamos recursos. Esperamos que até o final do ano a situação do Brasil melhore e não precisemos fazer como Pernambuco, que atrasou os salários para depois do dia 30, um fato histórico lá", comentou o governador.

Nesta tarde, Renan deve viajar para o estado do Ceará a fim de participar de um encontro sobre saúde pública com a presidente Dilma Roussef (PT) e os demais governantes nordestinos. 

Com relação ao suposto retorno da Comissão Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o governador de Alagoas pareceu concordar com a medida que, segundo ele, pode ser muito boa para o estado, contrariando a opinião do próprio pai, o senador Renan Calheiros.

“A cada real que pagamos de CPMF, recebíamos quatro. Se for destinado à saúde, será bom. Penso que pode ser uma alternativa para financiar a saúde no Brasil", disse Renan Filho.