'Agi por descontrole", diz acusado no caso Roberta Sá
Leonardo Lourenço da Silva está sendo julgado no Fórum do Barro Duro; sessão, conduzida pelo juiz John Silas da Silva, deve terminar no final da noite
Em interrogatório, na tarde desta segunda-feira (26) no Fórum da Capital, o réu Leonardo Lourenço da Silva assumiu o crime contra a nutricionista Renata de Almeida Sá, ocorrido em julho de 2014, no bairro Santa Amélia. “Agi por descontrole", disse o acusado, de 32 anos.
Leonardo disse ter abordado a vítima no momento em que ele estava no intervalo do almoço. Afirmou que, no dia do crime, estava com um revólver calibre 38 e cinco balas. “A falta de controle me levou a tirar a vida dela. Quando ela desceu do carro, começou a gritar. Pensei ter visto um homem passando. Me desesperei”.
Depois do crime, deixou o carro da nutricionista na avenida Durval de Góis Monteiro e voltou ao trabalho. No plenário, o réu afirmou sofrer de epilepsia.
O promotor de Justiça Marcos Mousinho sustenta a tese de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima). “Foi um crime que mexeu com a sociedade de Alagoas e demonstrou que a vítima poderia ter sido qualquer mulher. Foi muito azar a Renata estar ali naquela hora”, afirmou o representando do MP/AL, ressaltando que Leonardo da Silva pode pegar de 12 a 30 anos de prisão. “Vamos pedir a condenação máxima”.
Já o advogado Lucas Bonfim defende a tese de inimputabilidade do réu, que é quando a pessoa não compreende o caráter ilícito de sua conduta. “O trabalho da defesa é colocá-lo no Manicômio Judiciário e não na prisão”.
Caso os jurados condenem Leonardo, o advogado disse que irá recorrer. A sessão está sendo conduzida pelo juiz John Silas da Silva, titular da 8ª Vara Criminal. A previsão é que o julgamento termine apenas no final da noite.