Jon Hamm vence Wagner Moura como melhor ator de drama
O ator Jon Hamm ganhou o Globo de Ouro de melhor ator de série dramática neste domingo (10) por sua atuação como Don Draper na sétima e última temporada de "Mad Men", que foi encerrada em 2015, na categoria que certamente foi a mais esperada pelo público brasileiro.
Ele derrotou o baiano Wagner Moura, indicado pelo papel de Pablo Escobar na série "Narcos", do Netflix. Também concorriam na categoria os atores Liev Shreiber ("Ray Donovan"), Bob Odenkirk ("Better Call Saul") e Rami Malek ("Mr. Robot). Foi a primeira vez que o Brasil teve um representante na festa da Associação dos Correspondentes Estrangeiros de Hollywood desde 1999, quando "Central do Brasil" venceu o prêmio de melhor filme estrangeiro.
Em seu discurso de aceitação, Hamm agradeceu a Associação por "incluí-lo no grupo de atores talentosos indicados". O ator ainda disse obrigado ao roteirista Matthew Einer por ter escrito um personagem "tão horroroso" e tê-lo escolhido para interpretá-lo. "Também gostaria de agradecê-lo por não acatar minha sugestão de tocar Chumbawamba" no final", brincou, fazendo referência à cena que encerra a série, com uma propaganda da Coca Cola com a canção "I'd Like to Buy the World a Coke".
Hamm venceu o Globo de Ouro em 2008, ano em que "Mad Men" estreou.
Séries novatas e Lady Gaga se consagram
Com exceção de Hamm, as outras categorias principais foram dominadas por atrações estreantes ou menos conhecidas do público brasileiro.
Os prêmios de melhor série de drama e melhor série de comédia foram vencidos por "Mr. Robot" e "Mozart In The Jungle" que estão na primeira e na segunda temporadas, respectivamente. Ambas também saíram com atores premiados. A primeira teve Christian Slater consagrado como melhor ator coadjuvante. Já a segunda recebeu a estatueta de melhor ator para o mexicano Gael Garcia Bernal.
Também estreante, a cantora Lady Gaga fez um discurso emocionado ao receber o troféu de melhor atriz de minissérie ou filme para a TV por sua atuação como a Condessa Elizabeth de "American Horror Story: Hotel". "Queria ser atriz antes de ser cantora, mas música deu certo primeiro", agradeceu.
Ainda entre as mulheres, a vencedora da categoria de melhor atriz de drama foi Taraji P. Henson, a Cookie Lyon, do drama "Empire", que derrotou a favorita Viola Davis ('How To Get Away With The Muder"). Ao ser anunciada, a atriz saiu distribuindo biscoitos para os colegas sentados na plateia. "Hoje tem Cookie para todo mundo", brincou.
Taraji agradeceu ao elenco da série, que mostra a disputa de poder entre uma família de artistas, dona da maior gravadora musical dos Estados Unidos. Ela ainda arrancou risos da plateia ao pedir mais tempo para falar. "Esperei 20 anos por isso, vocês têm que me dar mais espaço".
"Quem diria que uma ex-detenta me levaria ao mundo todo?", disse Taraji em seu discurso, referindo-se ao passado da personagem, que começa a série sendo libertada da prisão depois de cumprir sentença por tráfico de drogas.
Rachel Bloom, protagonista de "Crazy ex-girlfriend", outra série que estreou em 2015, foi eleita a melhor atriz de comédia.
Cinema
Nas categorias de cinema, um dos grandes destaques da noite ficou com Sylvester Stallone, que voltou ao Globo de Ouro após 39 anos pelo mesmo papel a que foi indicado como melhor ator em 1977, com "Rocky: Um Lutador". Desta vez, Stallone ficou com o prêmio de melhor ator coadjuvante por "Creed: Nascido para Lutar".
"O Regresso" se destacou com os prêmios de melhor filme de drama, diretor (Alejandro González Iñárritu) e ator de drama (Leonardo DiCaprio). O longa narra a história real de um caçador em busca de vingança após ser atacado por um urso e dado como morto por seus companheiros.