PMDB oficializa saída do governo Dilma
Em votação simbólica por aclamação, o PMDB acaba de confirmar sua saída do governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
“A partir de hoje, nessa reunião histórica, o PMDB se retira da base da presidente Dilma Rousseff. A decisão está tomada”, anunciou o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que preside a reunião.
Segundo Jucá, com a decisão, nenhum integrante do partido pode ocupar cargos no Executivo federal. O PMDB é o maior partido do Congresso Nacional, com 68 deputados federais e 18 senadores.
A moção aprovada determina a entrega de todos os cargos ocupados por membros do PMDB no Executivo, além da instauração de processo no Conselho de Ética do partido contra quem permanecer no cargo.
Os deputados presentes à reunião entoaram gritos de "Fora PT" e "Brasil, para frente, Temer presidente".
A tomada de posição foi articulada pelo grupo do vice-presidente Michel Temer.
Com a decisão sacramentada, ministros peemedebistas já se preparam para deixar a Esplanada dos Ministérios.
A decisão foi tomada após reunião realizada entre Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), considerado o "último bastião" do governismo no PMDB.
Temer não presidiu a reunião que selou o desembarque. Os ministros peemedebistas também não compareceram.
Apesar dos apelos da presidente Dilma e de seu antecessor, Lula, o Planalto não conseguiu conter a tendência de debandada do PMDB, agravada nos últimos dias com a exposição das posições anti-Dilma dos maiores diretórios estaduais da sigla, como Rio de Janeiro e Minas Gerais.