Lobista alagoano afirma ter recebido R$ 500 mil da Odebrecht quando estava preso
Um dos operadores de propina no esquema de corrupção instalado na Petrobras, o lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, admitiu à Polícia Federal que a Odebrecht lhe pagou R$ 550 mil entre 2014 e 2015, quando ele estava preso.
Fernando Baiano passou quase um ano detido em Curitiba, base da Operação Lava Jato, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, e deixou a prisão após fechar acordo de delação premiada. Ex-aliado do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi protagonista de um repasse de US$ 5 milhões ao parlamentar, em 2011, que seria fruto do esquema na Petrobras.
No último dia 2, o lobista prestou novo depoimento à PF e foi questionado sobre as entregas de dinheiro em espécie feitas no endereço de sua empresa, Hawk Eyes, aos cuidados de seu irmão, Gustavo. Os valores teriam sido repassados pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht.
O nome de Gustavo foi identificado em uma planilha secreta de propina apreendida na casa da secretária de altos executivos da Odebrecht, Maria Lúcia Guimarães Tavares, suspeita de ser responsável por parte da distribuição da "rede de acarajés" - que seria referência à propina.
Refinaria
O lobista explicou que em 2009 foi procurado por Cezar Tavares e Luiz Carlos Moreira para que indicasse uma empresa interessada no projeto de uma refinaria em Angola. Segundo Baiano, a consultoria de Cezar Tavares havia sido contratada pela Sonangol, no país africano, para desenvolver novos negócios em Lobito. Ele decidiu, então, indicar a Andrade Gutierrez e a Odebrecht, empresas com mais atuação em Angola.
O lobista relatou que a escolha da consultoria foi pela Odebrecht e que a ideia de Tavares e Moreira era ajudar a construtora a vencer a concorrência para algumas obras na refinaria. Fernando Baiano procurou o então diretor da Odebrecht Rogério Araújo - preso na Lava Jato em junho de 2015 - para falar, segundo ele, sobre outras obras e aproximar as duas partes.
Em seu relato, Baiano afirma ter participado apenas de duas reuniões com Tavares e a Odebrecht e depois ter procurado a construtora apenas em 2012, com o intuito de receber pela consultoria prestada. Ambos não chegaram a um acordo sobre valores até 2014, quando o lobista foi preso e, segundo ele, a Odebrecht se recusou a "pagar alguém que estava preso".
Ainda de acordo com o relato dado à PF, esse teria sido o motivo de a construtora ter "pago por fora" ao seu irmão, Gustavo, em um contrato lícito. A reportagem não localizou Tavares e Moreira. A Odebrecht não quis se manifestar.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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