61% dos maceioenses estão endividados; número cresce pelo 3º mês consecutivo
Dados são da Fecomércio/AL; 26% das pessoas entrevistadas se consideram "muito endividadas"

O endividamento subiu pelo terceiro mês consecutivo e alcançou 61,9% dos consumidores maceioenses, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor de Maceió (PEIC) desenvolvida pela Fecomércio.
Em agosto, os consumidores da capital alagoana voltaram às compras. “Analisando os dados, percebe-se um retorno positivo e disciplinado por meio de serviços financeiros, sinalizando que as pessoas estão utilizando cartões de crédito, financiando imóveis, carros e requerendo empréstimos na economia”, explica Felippe Rocha, assessor econômico da Fecomércio.
Quando comparado ao mês de julho, o desempenho de agosto apresentou um aumento de 3,51% de endividados. Em relação aos consumidores que estão endividados e que começam a ter suas contas em atraso, o aumento foi de 2,22%. Mas a pesquisa trouxe também um resultado positivo: uma redução de 6,66% dos inadimplentes. “Isso demonstra que apesar do aumento do consumo por meio do crédito, não houve elevação na inadimplência. Na prática, as pessoas estão consumindo sem comprometer a capacidade de pagamento, deixando uma margem em sua renda”, avalia.
Do universo de 61,9% dos consumidores que possuem dívidas, 26,9% se consideram muito endividados; 19% acham que estão em um nível intermediário; e 16% acreditam estar pouco endividado. Já 38,1% dos maceioenses declararam não possuir dívidas.
Quando observado o nível de endividamento por faixa de renda, os que recebem até 10 salários mínimos se encontram no perfil de muito endividados, enquanto os que recebem acima de 10 SM estão, em sua maioria, no universo dos que possuem poucas dívidas.
O uso do cartão de crédito - que já é o tipo de dívida mais fácil de ser contratada - subiu 1 ponto percentual (p.p) entre julho e agosto. Nesse mesmo período, os carnês de loja subiram 0,8 p.p. e o crédito consignado teve aumento de 0,6 p.p.. Em relação aos carnês, por serem atrelados às lojas de eletrodomésticos, o aumento pode significar um retorno pela demanda de produtos desse segmento.
Ainda de acordo com a pesquisa, os inadimplentes somam 16,8% dos consumidores e 9,1% indicaram que terão condições de pagar suas dívidas integralmente, saindo desta condição. “O que é um dado bastante positivo se contarmos a série histórica dos últimos três meses. Em julho, apenas 6,9% dos consumidores informaram que teriam condições de quitar suas dívidas, o que significa um aumento de 2,2 p.p. na capacidade de pagamento da população. O pagamento parcial, que não é o ideal pois aumenta os juros das dívidas, teve um aumento de 3,6 p.p. de agosto ante julho. Esses dois fatores contribuíram na redução daqueles que não irão pagar suas dívidas em 5 p.p.”, analisa Rocha.
O tempo médio em que os consumidores da capital estão passando com dívidas em atraso reduziu. Se até julho eram necessários 65 dias para quitar os compromissos financeiros, hoje a média é de 61,7 dias. A quantidade de parcelas que fazem as pessoas se manterem endividadas também sofreu redução. Até julho eram necessários 6,1 meses e, em agosto, o tempo caiu para 5,5 meses. Para o economista, esses dados positivos são reflexos da recuperação dos empregos no segundo semestre.
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