Reeducandos participam de intensivão preparatório para o Enem
Adquirir mais conhecimento, disseminar bons valores e construir um futuro digno por meio da educação. Aquilo que parecia ser um projeto inatingível transformou-se em realidade no sistema prisional.
Hoje, mais de 250 reeducandos estudam regularmente nas salas de aula dos presídios. Esses alunos e outros custodiados interessados farão o Exame Nacional do Ensino Médio dos Privados de Liberdade (Enem/PPL), nos dias 12 e 13 de dezembro.
Para garantir o aprendizado e aumentar as chances de aprovação no Enem/PPL, a Gerência de Educação, Produção e Laborterapia da Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) firmou parceria com o Programa Conexão dos Saberes da Pró-reitoria de Extensão da Ufal.
Entre os dias 16 e 30 de novembro, os custodiados do Núcleo Ressocializador da Capital (NRC) participarão de um intensivão preparatório para o processo seletivo.
As aulas ocorrerão à noite, após o trabalho dos apenados. Na ocasião, os alunos irão revisar conteúdos nas áreas de linguagem, matemática, ciências da natureza e ciências humanas e suas tecnologias.
“A revisão será fundamental para que os candidatos assimilem o que foi abordado em sala de aula durante o ano letivo, aumentando as chances de êxito no Enem”, ressaltou a supervisora de Educação da Seris, Genizete Tavares.
Enem
Além da prova do ensino superior à distância, a participação no Exame Nacional do Ensino Médio é garantida para 100% da população carcerária alagoana.
Para os privados de liberdade, o processo seletivo pode atender a três objetivos, sendo um deles, proporcionar a certificação do Ensino Médio para aqueles que obtiverem nota igual ou superior a 450 nas disciplinas ou nota igual ou superior a 500 na redação.
O Exame também oferece a oportunidade do custodiado tentar o ingresso em universidades públicas através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ou em faculdades particulares, através do Programa Universidade para Todos (Prouni).
O Enem é oferecido no sistema prisional desde 2011 com uma participação crescente dos reeducandos. Na última edição, realizada em 2015, 342 custodiados fizeram as provas nos presídios.