Maceió

Caso Daniel Thiele: quinto suspeito confessa assassinato e narra detalhes do crime

André da Silva Firmino, vulgo ?Nego" foi detido na manhã de hoje (14) e encaminhado para a Deic, em Maceió

Por 7 Segundos* 14/12/2016 17h05
Caso Daniel Thiele: quinto suspeito confessa assassinato e narra detalhes do crime

O quinto suspeito de participação no crime que terminou com a morte do professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Daniel Thiele, de 35 anos,  foi preso em uma operação que teve a participação de policiais civis da Seção Antissequestro (SAS), da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) e agentes da Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit), na manhã desta quarta-feira (14).

André da Silva Firmino, 24 anos, conhecido como “Nego”, foi detido na Rua Florestal, em uma Vila na Chã da Jaqueira, na parte alta de Maceió.  Em depoimento ao delegado Filipe Caldas, que comanda as investigações, André confessou o assassinato e narrou detalhes como o professor foi atraído para ser assassinado. Ele conta que no dia 20 de novembro, ele estava na companhia de Cristiano Nascimento Germano, o “Copal” e de Thiago Anderson Lima da Silva, em um veículo Gol, cor prata, placa BRC-5879, e tinham o objetivo de roubar um automóvel.

Conforme o depoimento, quando circulavam próximo ao Hospital Universitário (HU), no Tabuleiro, avistaram o carro do professor – um Ford Focus, de cor prata, placa NLZ 2301 e emparelharam o carro e deram uma buzinada. Cristiano, pela versão de “Nego”, já conhecia Daniel Thiele e perguntou para onde ele estava indo, recebendo a resposta que: “para a Ufal”. Ali, os dois desceram dos carros e conversaram por alguns instantes, ocasião em que “Nego” disse ter percebido que Cristiano e o professor teriam um relacionamento homossexual.

Foragido Cristiano Nascimento Germano, vulgo "Copal" (Foto: Reprodução PC/AL)

Os carros teriam deixado o campus da Ufal, e próximo ao posto BR, em frente a entrada da Forene, ambos pararam e Cristiano desceu e entrou no Focus do professor. Já em Rio Largo, “Nego” afirma que parou no posto de combustível para almoçar. Em seguida, Thiago e Cristino seguiram no carro do professor. À noite, André Firmino diz que encontrou com Cristiano e ambos levaram as rodas roubadas do carro do professor para José Alexandre, o “Sandro”, para que este as vendesse. 

“Nego” afirma não saber a quem Cristiano entregou o celular do professor. No depoimento, André Firmino narra ainda que há cerca de um mês recebeu um telefonema de Cristiano dizendo que eles precisavam se reunir com Felipe “Moita”, pois existia um BO relativo a carro usado na morte da vítima. Quando chegaram ao posto de combustíveis, no Tabuleiro, foram abordados por policiais que estavam com Felipe “Moita”, este preso. Na ocasião, Thiago Anderson foi detido, pois estava com maconha e arma, enquanto Cristiano e André conseguiram fugir, correndo pelo meio da rua.

André Firmino foi indiciado por tráfico de drogas, associação para o tráfico, latrocínio e porte ilegal de arma de fogo.

Entenda o caso

Daniel Thiele foi visto pela última vez em setembro. Como ele morava sozinho, a sua ausência foi sentida pelos alunos da Ufal, que imediatamente iniciaram as buscas.

Após investigações da Polícia Civil, o veículo e o corpo do professor universitário foram encontrados pelo Grupamento Aéreo da SSP em um terreno vicinal nas proximidades de Rio Largo e Pilar, Região Metropolitana de Maceió. 

No dia 22 de novembro, a SSP convocou uma coletiva para esclarecer o caso. A PC informou que o docente foi vítima de um latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte. Quatro pessoas foram presas porque possuíam participação na morte de Daniel. A polícia chegou até o grupo criminoso por meio de imagens das câmeras de seguranças da Ufal e de videomonitoramento da SSP/AL, nas proximidades do Aeroporto Zumbi dos Palmares.

De acordo com o delegado Felipe Caldas, da Deic, o grupo tem participação com o tráfico de drogas, homicídios, roubos de veículos e diversos assaltos na capital.

* Com informações da PC/AL