Maioria dos brasileiros vai gastar R$ 136 com ceia natalina, segundo SPC
Valor médio está abaixo do consumo registrado em 2016
Neste fim de ano, além de pesquisar os valores dos presentes, os brasileiros também devem tomar cuidado para não extrapolar com os gastos nas comemorações de Natal.
Um levantamento realizado em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que o consumidor deve desembolsar, em média, R$ 136,52 com os preparativos da ceia ou do almoço de Natal.
A cifra demonstra um comportamento mais cauteloso do consumidor, uma vez que no Natal do ano passado, a intenção de gasto era de R$ 167,90.
Os dados caminham no mesmo sentido que a desaceleração dos preços dos alimentos que compõem a cesta de Natal.
Uma análise realizada pelo departamento de economia do SPC Brasil mostra que, enquanto a inflação medida pelo IBGE através do IPCA estava em 2,80% em novembro deste ano, a inflação dos alimentos que são consumidos na ceia de Natal mostrou queda de -4,83% no acumulado em 12 meses.
No ano mesmo período do ano passado, enquanto a inflação geral estava em 6,99%, a inflação dos itens natalinos era ainda maior e atingia 11,18%.
73% vão dividir despesas da ceia com familiares
O levantamento também mostra que sete em cada dez (73%) entrevistados pretendem dividir as despesas da festa, compartilhando os custos entre os familiares (37%) ou estipulando que cada membro leve um tipo de prato ou bebida diferente (36%).
Por outro lado, 15% garantem que apenas uma pessoa deverá arcar com todas as despesas dos festejos, sejam eles mesmos (9%) ou outro anfitrião (6%).
O educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, destaca a importância cultural da celebração do Natal, mas lembra que o aspecto emocional não pode ser o único a pesar nas decisões de consumo.
“Para evitar que uma data tão importante se transforme em dor de cabeça, é preciso ter planejado os gastos com todos os envolvidos nessa comemoração. A divisão de despesas é uma excelente estratégia, pois permite que as famílias deem a sua contribuição e impede que o gasto sobrecarregue o bolso de uma única pessoa. Além disso, vale pesquisas preços e planejar as compras. O ideal é sair de casa com uma lista para o consumidor não se perder entre tantas opções e acabar cedendo às compras impulsivas”, orienta.
84% dos brasileiros devem participar de confraternizações no Natal; 35% percebem pessoas animadas com Natal, percentual melhor que em 2016
De modo geral, 84% dos brasileiros garantem que irão participar de alguma confraternização do Natal, percentual estável na comparação com 2016 (82%). Como em anos anteriores, o Natal confirma a sua vocação de festa familiar: 78% dos entrevistados pretendem comemorar a data entre familiares, seja na própria residência (40%), na cada de parentes (20%) ou na casa dos pais (18%). Há, ainda, 6% que vão celebrar a data na casa de amigos e 3% que frequentarão igrejas.
Ainda que não seja a maioria dos entrevistados, passou de 29% em 2016 para 35% neste ano, o percentual de brasileiros que acreditam que as pessoas estão contagiadas pelo espirito natalino. Para essas pessoas, o principal motivo da animação são as decorações no comércio (13%), que cria uma atmosfera diferente. Em sentido oposto, caiu de 63% para 56% a quantidade de consumidores que veem um clima de indiferença e desânimo das pessoas com a proximidade das festas de fim de ano.
A pesquisa ainda revela uma preocupação das pessoas em passarem a data bem vestidas e renovadas. Em cada dez brasileiros que vão comemorar o Natal, seis (58%) disseram que vão comprar alguma peça nova de vestuário ou acessório, percentual que sobe para 65% entre as mulheres. Os que não compraram roupa nova representam 25% da amostra, ao passo que 17% estão indecisos. Para esse tipo de aquisição, o gasto médio, deverá ser de R$ 210.
Metodologia
Inicialmente foram ouvidos 730 consumidores nas 27 capitais para identificar o percentual de quem pretendia ir às compras no Natal e, depois, a partir de 611 entrevistas, investigou-se em detalhes o comportamento de consumo no Natal. A margem de erro é de no máximo 3,6 e 4,0 p.p, respectivamente. A uma margem de confiança de 95%.