PF faz buscas autorizadas pelo STF com base em delação que mira Eunício
Operação, denominada Tira Teima, tem como base a delação premiada fechada por executivos da empresa Hypermarcas e investiga pagamentos de vantagens indevidas a políticos

A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira (10) oito mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal). As medidas estão ligadas ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), mas ele não é alvo das ações.
A operação, denominada Tira Teima, tem como base a delação premiada fechada por executivo da empresa Hypermarcas e investiga pagamentos de vantagens indevidas a políticos.
Os mandados estão sendo cumpridos em São Paulo, em Goiás e no Ceará. O objetivo, segundo a Polícia Federal, é buscar documentos relativos a campanhas financiadas por meio de contratos fictícios.
Em 2016, Nelson Mello, ex-diretor da Hypermarcas, afirmou em delação premiada que pagou, por meio de contratos fictícios, R$ 5 milhões em caixa dois para a campanha de Eunício ao governo do Ceará em 2014.
Segundo Mello, um lobista lhe informou que um emissário do senador o procuraria em 2014. Então, um sobrinho do senador, de nome Ricardo, pediu ajuda financeira à candidatura. Esse sobrinho seria Ricardo Lopes Augusto, que é sócio da empresa de segurança privada Confederal, da qual Eunício também é dono por meio de uma holding.
"Pagou despesas de empresas que prestavam serviços à campanha de Eunício Oliveira; que ajudou mediante contratos fictícios", disse o executivo da Hypermarcas na delação.
O senador Eunício Oliveira, por meio de sua assessoria, informa: ele não foi alvo da Operação Tira Teima. Tampouco pessoas ou empresas ligadas a ele foram alvo, ou sequer abordadas, na ação realizada na manhã dessa terça-feira (10).
Em nota, a Hypermarcas informou que houve operação "no escritório em São Paulo para colher documentos relacionados à colaboração do ex-diretor Nelson Mello". No comunicado, a empresa disse que "não é alvo de nenhum procedimento investigativo, nem se beneficiou de quaisquer atos praticados isoladamente pelo ex-executivo, conforme já relatado ao longo do ano de 2016".
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