Economia

'Aumenta o consumo das famílias na capital alagoana', afirma Fecomércio

O Dia das Mães e o Dia dos Namorados contribuíram para o resultado da pesquisa

Por Ascom Fecomércio 18/07/2018 13h01
'Aumenta o consumo das famílias na capital alagoana', afirma Fecomércio
Centro de Maceió - Foto: Divulgação Fecomercio

As famílias de Maceió estão consumindo mais. É o que aponta a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) no mês de junho, realizada pelo Instituto Fecomércio, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A alta é registrada pelo quarto mês consecutivo. É o segundo mês em que o consumo é superior ao mesmo período do ano passado. Além disso, após 12 meses, o indicador de consumo das famílias superou os 100 pontos, apontando confiança dos consumidores e expectativa de que irão continuar consumindo. O crescimento do consumo entre maio e junho foi de 10,66%. Enquanto o crescimento em relação ao mesmo mês do ano passado foi de 35%.

Conforme a análise do assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha, o Dia das Mães, considerada a segunda melhor data do ano para o comércio, e o Dia dos Namorados, que já é a terceira melhor data, ultrapassando o Dia dos Pais, foram decisivas para esse resultado. Os dados de maio da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE aponta crescimento de 1,7% do volume de vendas do varejo alagoano e de 2,3% da receita nominal do varejo. Quando comparado com o mesmo mês do ano passado (maio de 2018 ante maio de 2017), o crescimento do volume de vendas é 4,3% superior e a receita 5,4%.

A pesquisa indica que embora o consumo tenha chegado a patamar positivo, os consumidores ainda demonstram incerteza quanto à manutenção do seu emprego atual, apontando uma queda de 1,6% na confiança em mantê-lo. Além disso, a perspectiva profissional também sofreu redução de 3,5%, ou seja, os cidadãos da capital não acreditam que conseguirão melhora nos salários ou melhora nos seus cargos profissionais, corroborando com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), que aponta reforço do desemprego no Estado, 17,7% (no primeiro trimestre deste ano).

“Mesmo inseguros quanto à manutenção dos empregos, os consumidores relatam ter melhorado sua sensação de aumento quanto ao poder de compra, quando comparado com o mesmo mês do ano passado, cerca de 2% superior. O acesso ao crédito também está mais facilitado, a pesquisa de endividamento e inadimplência de junho já havia apontado crescimento no uso dos cartões de crédito”, explicou Felippe.

Dessa forma, entre maio e junho, houve um acréscimo de 15,7% nas compras a prazo na capital. “Corroborando com a pesquisa e com a PMC [Pesquisa Mensal de Comércio] do IBGE, os consumidores relatam que estão consumindo cerca de 18,9% a mais do que o ano passado. Além disso, a perspectiva de consumo até o final do ano é 21,9% superior ao mesmo período do ano passado”, ressaltou o economista. O indicador demonstra que as famílias e consumidores estão com expectativa de comprar 29,7% mais bens duráveis do que o mesmo período ano anterior.

Segundo Felippe, o consumo aumenta, não por renda do trabalho, que continua em baixa com taxa de desemprego superior ao último trimestre de 2017, mas por meio do crédito daqueles que possuem empregos. “Embora preocupante, o segundo semestre alagoano é marcado pela recuperação dos postos de trabalho do setor sucroalcooleiro e do Turismo, desafogando as famílias e consumidores”, destacou.

A pesquisa foi realizada nos últimos 10 dias de maio de 2018, na capital alagoana. Foram entrevistados 500 consumidores em diversos pontos de comércio da cidade.