‘Não é para qualquer um’: a campanha de Aécio pós-Joesley

Quatro anos após perder a eleição para presidente com 51 milhões de votos, o senador Aécio Neves (PSDB) deu a largada de sua campanha para deputado federal anteontem no interior de Minas Gerais. O candidato foi recebido por apoiadores em uma fazenda de Teófilo Otoni, cidade natal de seu pai, Aécio Cunha, no norte do estado.
Para acessar a casa onde houve a reunião, é preciso percorrer dois quilômetros de estrada de chão. O convite para o evento informava como ponto de referência um motel da região.
Desde que a campanha foi autorizada, Aécio não tinha participado de eventos públicos. Ele não subiu aos palanques dos candidatos do seu partido ao governo de Minas, Antônio Anastasia, e à Presidência, Geraldo Alckmin. Tampouco compareceu à convenção estadual do partido, em julho. Em vez disso, o senador tem se reunido, a portas fechadas, com lideranças que o apoiam. No ano passado, Aécio foi gravado pelo empresário Joesley Batista ao pedir R$ 2 milhões. O senador virou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção e obstrução da Justiça. Ele afirma que o dinheiro era referente a um empréstimo.
No evento, Aécio se emocionou ao ouvir Leopoldino Ribeiro, ex-prefeito de Caraí, tocar no saxofone a canção “Amigo”, sucesso de Erasmo e Roberto Carlos.
— A política é feita mais de desencontros. Meu sentimento é de reencontro com a minha história, com a razão primeira que há mais de 30 anos me fez optar pela política — disse Aécio.
O tucano também criticou o PT:
— Nesta nova etapa da caminhada, faço um gesto para o fim do ciclo perverso do PT em Minas.
Ele disse que a prioridade no estado é eleger Anastasia, o que, segundo ele, pesou na decisão de não se lançar ao Senado, “para facilitar coligações”. O candidato ao governo de Minas não estava no encontro.
O senador rebateu críticas de que o evento, de porte pequeno, não traria visibilidade à sua campanha. De acordo com Aécio, “não haveria lugar melhor” para marcar a reunião.
Téo Barbosa, proprietário da fazenda e ex-prefeito de Setubinha, a 161 km de Teófilo Otoni, recebeu Aécio com um telão, um som que tocava o jingle do candidato e um pequeno palco.
— Seria uma ingratidão não estar ao lado do Aécio depois de tudo que ele fez em prol do desenvolvimento do Vale do Mucuri — disse Téo.
Ex-presidente do PSDB em Teófilo Otoni, Doutor Neiva elogiou o aliado:
— Quem teve mais de 50 milhões de votos se lançar a deputado federal... Não é para qualquer um.
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