Estudantes do ensino médio no Brasil têm aprendizado insuficiente

O ensino médio no Brasil está “absolutamente falido e no fundo do poço”.
A declaração é do Ministro da Educação, Rossielli Soares, durante a divulgação do SAEB, Sistema de Avaliação da Educação Básica, nesta quinta-feira (30), em Brasília. Foi revelado que sete em cada dez estudantes do ensino médio no Brasil têm aprendizado insuficiente. Para o ministro, a situação é lamentável.
Realizada a cada dois anos pelo INEP, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, a avaliação mostra que a qualidade do ensino médio não teve melhoras e continua basicamente a mesma, desde 2009. O INEP concluiu que o ensino médio é o que menos agregou ao conhecimento dos estudantes e isso pode afetar a formação deles para o mercado de trabalho e, consequentemente, o desenvolvimento social e econômico do Brasil. Nesta etapa, pouco mais de 1% dos estudantes avaliados mostraram aprendizado classificado como adequado.
O ministro acredita na melhora dos índices com a implantação da Base Nacional Comum Curricular para o ensino médio, prevista para até 2020. Na avaliação da representante da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellanda, esta não seria a melhor saída. Ela avalia que a melhor saída é colocar o PNE, Plano Nacional de Educação, como prioridade da política educacional de qualquer governo. A atenção especial para a educação também é a sugestão do ministro da pasta.
No ensino básico geral, o Brasil alcançou o nível dois, em uma escala que vai de zero a dez; o que é considerado insuficiente para o desenvolvimento cognitivo dos estudantes de todas as etapas da educação básica. O estudo apontou, também, que nenhum estado das Regiões Norte e Nordeste está entre os melhores desempenhos de estudantes, em português e matemática.
No ensino fundamental, os alunos do quinto e do nono ano não passaram do nível quatro, o que continua sendo insuficiente. Os melhores índices estão nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, acima da média nacional em todas as etapas do ensino básico.
Já nos anos iniciais do ensino fundamental, todos os estados do país apresentaram melhora em 2017, em comparação com 2015, em língua portuguesa. Para o ministro da Educação, a má qualidade no ensino médio começa lá atrás, na educação infantil. Além disso, ele argumenta que a reprovação dessas crianças no ano letivo não garante o aprendizado.
A desigualdade social também foi um fator preocupante, apontado pelo estudo do INEP. No ensino médio, por exemplo, o Distrito Federal teve a maior diferença na aprendizagem, entre os estudantes de escolas com nível socioeconômico mais baixo e mais alto, tanto em português quanto em matemática. Também no ensino médio, o levantamento mostrou que o desempenho das escolas de pior nível socioeconômico do Espírito Santo é o mesmo das escolas com o melhor nível, no Amapá, em relação a matemática. Essa desigualdade socioeconômica é menos marcada no estado do Ceará.
Participaram da avaliação, quase cinco milhões e meio de estudantes, em mais de 70 mil escolas de todo o país. Os dados são relativos a 2017 e a avaliação é feita a cada dois anos.
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