Câmara analisa propostas que podem ajudar a combater a obesidade
Para a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, as pessoas com índice de massa corporal superior a 30 são consideradas obesas
11 de outubro é o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. Segundo a última pesquisa de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas, feita pelo Ministério da Saúde, 54% da população das capitais brasileiras estão com excesso de peso. A boa notícia da pesquisa é que houve uma redução de 52% no consumo de refrigerantes e de bebidas açucaradas entre 2007 e 2017.
A Câmara dos Deputados analisa propostas que obrigam a indústria alimentícia a informar claramente, nas embalagens, se os produtos contêm muito carboidrato, sal, açúcar, adoçante, gordura saturada e trans (PL 5522/16 e apensados).
A proposta pode ajudar a reduzir a obesidade e diversas doenças relacionadas a ela.
"Diabetes, hipertensão, aumento de colesterol, apneia do sono, acúmulo de gordura no fígado. A obesidade também está altamente relacionada aos índices de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Está, inclusive, associada a alguns tipos de câncer. Em crianças, atrapalha o desenvolvimento dos hormônios, do crescimento e o desenvolvimento sexual. Pode causar depressão e ansiedade", enumera a gerente técnica do Conselho Regional de Nutrição, Janaína Marques.
Acordo com a indústria
Em outra frente de prevenção da obesidade, o Ministério da Saúde elabora um acordo com a indústria alimentícia para reduzir o nível de açúcar em vários produtos, como iogurtes, achocolatados, sucos em caixinha, refrigerantes, bolos e biscoitos. A redução será gradual, assim como ocorreu recentemente no acordo para a redução dos níveis de sal dos produtos.