No Japão, Bolsonaro comenta crise no PSL: ‘O bem vencerá o mal’
Presidente, que desembarcou em Tóquio na madrugada desta segunda, disse que cenário político pode mudar durante os dez dias
O presidente Jair Bolsonaro desembarcou em Tóquio na madrugada desta segunda-feira 21. O chefe de Estado brasileiro terá um dia sem compromissos oficiais e na terça-feira participa de cerimônia de entronização do imperador japonês Naruhito. Ao longo da semana, a comitiva presidencial seguirá na Ásia e passará por China, Emirados Árabes Unidos, Catar e Arábia Saudita antes de retornar ao Brasil.
O tour asiático vem sendo planejado desde os primeiros meses deste ano, em uma tentativa de aproximação após declarações polêmicas de Bolsonaro ainda durante a campanha e no início de seu governo, como críticas à China e a decisão –hoje arquivada– de imitar os Estados Unidos e transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.
Já em solo japonês, Bolsonaro voltou a comentar a crise de seu partido, o PSL, rachado entre apoiadores do próprio presidente e políticos ligados ao deputado que comanda a sigla, Luciano Bivar (PSL-PE). Em frase repercutida pelo jornal O Estado de S. Paulo, Jair disse que “o bem vencerá o mal” e que o cenário político poderá mudar durante sua ausência do Brasil, que durará dez dias.
“A política, como dizia Ulysses Guimarães, é uma nuvem. A resposta é essa”, disse Bolsonaro, ao ser questionado sobre sua situação no partido. A frase, porém, é originalmente atribuída ao político mineiro Magalhães Pinto.
Nos últimos capítulos da crise do PSL, neste domingo, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) reagiu aos ataques feitos pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em transmissão ao vivo pelas redes sociais. Em live no YouTube, Joice afirmou que não tem “nada a ver com cargo” nem com “rachadinha”.
“Olhe, meu amigo, quem gosta de cargo é você, é a turminha aí”, respondeu Joice à crítica de Eduardo Bolsonaro de que ela perdeu 30 cargos na liderança do governo no Congresso.