Bolsonaro vai a aglomeração em Brasília, pega criança no colo e rebate STF
Parte dos manifestantes usava máscara, outros estava sem o acessório obrigatório
Sem máscara ou qualquer equipamento de proteção individual, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou hoje de um ato de apoio ao seu governo no centro de Brasília, onde foi recebido aos gritos de "mito" e chegou a pegar duas crianças no colo. Seguranças do presidente estavam com máscaras. Os manifestantes se dividiram: alguns com, outros sem máscaras. O presidente frequentemente critica o isolamento social, medida recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em prevenção à expansão do coronavírus.
Na manhã de ontem, o chefe do Executivo recebeu um grupo de youtubers de perfil pró-governo, que o convidaram para o ato. Os influenciadores fazem parte da organização da manifestação, que estava marcada para começar a partir de 10h.
A Esplanada dos Ministérios estava com todas as seis faixas que levam à Praça dos Três Poderes ocupadas durante a manhã por uma carreata de apoio ao presidente.
Diferentemente de outras manifestações ocorridas nos últimos finais de semana, o esquema de segurança desta vez foi mais reforçado e os manifestantes não conseguiram ficar na grade de frente ao Palácio do Planalto, onde normalmente o presidente tem tido contato mais próximo com o público.
Bolsonaro rebate STF
Antes de ir ao ato, Bolsonaro rebateu via redes sociais a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril decidida pelo ministro Celso de Mello, do STF.
O presidente publicou na manhã de hoje um trecho da lei de abuso de autoridade. A postagem no Facebook traz uma foto de um artigo da lei 13.869 de 2019.
"Art. 28 Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do investiga ou acusado: pena - detenção de 1 (um) a 4 (quatro) anos."