Por falta de segurança, Globo, Band e Folha suspendem cobertura no Alvorada
Em diferentes ocasiões, Bolsonaro também foi grosseiro e ofendeu jornalistas no local

Três empresas de comunicação decidiram nesta segunda-feira (25) suspender a cobertura jornalística na porta do Palácio do Alvorada, em Brasília. Folha, Globo e Band tomaram a iniciativa em resposta às seguidas hostilidades de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro dirigidas aos jornalistas que fazem plantão no local.
Os xingamentos aos jornalistas que esperam a saída de Bolsonaro na porta do Alvorada diariamente se tornaram comuns, mas nesta segunda a agressividade foi maior.
Em diferentes ocasiões, Bolsonaro também foi grosseiro e ofendeu jornalistas no local. Nesta segunda, pouco antes dos xingamentos feitos por apoiadores, o presidente criticou a imprensa. "No dia que vocês tiverem compromisso com a verdade, eu falo com vocês de novo", disse.
A Folha questionou sobre o episódio desta segunda o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela segurança do Alvorada, e a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom). Não houve resposta.
O Grupo Globo comunicou o GSI por carta, assinada por Paulo Tonet Camargo, vice-presidente de Relações Institucionais. "São muitos os insultos e os apupos que os nossos profissionais vêm sofrendo dia a dia por parte dos militantes que ali se encontram, sem qualquer segurança para o trabalho jornalístico. Estas agressões vêm crescendo. (...) Com a responsabilidade que temos com nossos colaboradores, e não havendo segurança para o trabalho, tivemos que tomar essa decisão".
Consultada pela coluna, a Band informou que "também está retirando seus profissionais da cobertura da porta do Palácio da Alvorada a partir de amanhã (terça-feira)."
Também consultei outras três emissoras. O SBT informou que ainda não tem uma posição a respeito. A Record disse que seguirá cobrindo. A CNN Brasil não respondeu.
No final da noite, o site Metrópoles, de Brasília, também anunciou a suspensão da cobertura que faz desde o início do governo diante do Alvorada. "A suspensão perdurará enquanto o clima de hostilidade continuar e não houver condições para que os profissionais de imprensa possam trabalhar em segurança", informou.
Em nota, a ABI (Associação Brasileira de Imprensa) elogiou a decisão das empresas que suspenderam a cobertura no Alvorada. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal e a Federação Nacional dos Jornalistas cobraram ações de proteção aos profissionais por parte do GSI e da Secom.
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