Indústria de argamassa pode fechar as portas em Arapiraca por falta de apoio da Prefeitura
Diretor da empresa afirma que já cansou de solicitar serviços de manutenção da estradas
Não é a primeira vez que empresários de Arapiraca transferem suas empresas para outros municípios por falta de incentivos fiscais e infraestrutura do governo municipal. Com a saída dessas indústrias centenas de familias ficam desempregadas, o dinheiro deixa de circular no comércio local e o município perde arrrecadação de impostos.
Recentemente a fábrica de refrigerantes da Coca-Cola, localizada no bairro outro Preto, em Arapiraca, publicou em comunicado oficial que estava fechado as portas no municíipio, e se instalando em Maceió.
A fábrica de Doces Popular já deixou Arapiraca há mais tempo, e encontrou no município vizinho de Limoeiro de Anadia, as condições necessárias para produzirr emprego e renda para a população local.
Desta vez, que vai bater asas e procurar abrigo seguro em outras regiões é a Azevedo Soares Indústria de Argamassa, localizada no bairro Fazenda Velha, após o campus da Ufal em Arapiraca.
Um dos problemas enfrentados pelas empresas que se instalaram nesta localidade é o péssimo acesso das vias urbanas e rurais para o tráfego de caminhões e veículos de passeio. Nesse período chuvoso, a situação se agrava ainda mais abrindo verdadeiras valas na principal estrada de acesso à localidade.
O diretor-procurador da indústria, Alysson Alberto de Azevedo Soares, relatou que o problema se tornou mais crônico depois que o esgoto de um residencial estourou e nenhuma providência foi tomada pelos órgãos executores da obra.
”O problema se arrasta há anos, já cansamos de comunicar a Prefeitura de Arapiraca que informa que a responsabilidade é da Caixa Econômica Federal (CEF) financiadora do projeto, que por sua vez , alega que a responsabilidade é da empresa que responsável pela construção da obra - que inclusive, já decretou falência e está em recuperação judicial”, relatou Alysson Alberto.
Nesse jogo de empurra-empura quem sai prejudicado são os empresários e toda a população do residencial e comunidades adjacentes que são obrigadas a conviver com uma fedentina diária do esgoto.
A regularidade na coleta de lixo domiciliar no bairro também é um problema enfrentado constatemente por quem mora e trafega pela região. A proliferação de ratos, baratas e outros insetos que transmitem doença fazem parte do cotidiano dos moradores.
Segundo o diretor-presidente, a Azevedo Soares Indústria de Argamassa contribui mensalmente com mais de R$ 100 mil em impostos, e que não tem o retorno desses recursos obras públicas de infraestrutura na localidade.
”Cansamos de lutar sozinhos para fortalecer a economia e promover o desenvolvimento desta localidade, infelizmente dezenas de pais de família vão perder o emprego porque não tivemos o apoio da administração municipal”, desabafou Alisson Alberto.
A Cooperativa de transportadores de uma indústria de alimentos de Arapiraca também enfrenta o mesmo problema com a falta de manutenção das estradas. O prejuízo na manutenção de veículos que estão mais propensos a apresentar problemas mecâncios trafegando em estradas com péssimas condiçoes de uso, é constante.
O empresário disse que já inciou negociações com o município de Sao Sebastião e se forerm oferecidas condiçoes e uma estrutura mínima para a industria operar sem enfrentar tantos problemas, ele vai fechar a indústria em Arapiraca.
” É um absurdo a inércia do poder público municipal, que ao invés de garantir condições mínimas para manter as empresas que já estão instaladas e atrair novos investimentos, promove o desinteresse dos investidores em um municíopio tão promissor e pungente como Arapiraca”, finalizou o empresário.