As reclamações são constantes, relacionadas ao atraso na entrega de encomendas pelos Correios. Com a greve, a situação ficou ainda mais complicada. Anderson Lima procurou o portal 7segundos, afirmando que vêm tentando contato a agências central de Arapiraca e com o CDD, porém, sem sucesso. “Outros devem está enfrentando o mesmo problema. Respeitamos o direito a greve, mas uma informação via telefone seria o mínimo que deviam fornecer a quem necessita”, afirmou ele. A assessoria dos Correios, por sua vez, enviou Nota explicando a situação.

No caso de Anderson de Lima, o objetivo é receber algumas encomendas. Ele acredita que o material já se encontra no galpão do CDD em Arapiraca.

Nota dos Correios

O Portal 7segundos encaminhou a reivindicação aos Correios, que através de sua assessoria, encaminhou a seguinte Nota:

Os Correios lamentam o ocorrido e orientam o cliente que aguarde a entrega dos objetos em seu endereço. O prazo previsto para entrega dos objetos é contado a partir da liberação das encomendas pela fiscalização aduaneira. O objeto com final 617HK encontra-se dentro do prazo previsto para entrega.

Vale ressaltar que o objeto pertence ao remetente até a entrega ser efetivada, conforme a legislação postal mundial. Desta forma, cabe a ele (remetente) registrar manifestação na central de atendimento dos Correios. Caso exista uma relação comercial entre o remetente e o destinatário, as regras de ressarcimento para encomendas são de responsabilidade do site de e-commerce em que foi realizada a compra online.

A estatal está trabalhando para reduzir os efeitos da paralisação parcial dos empregados. Durante o último fim de semana e feriado de Dia da Independência, foram entregues mais de 2,2 milhões de cartas e encomendas em todo o país no período, além da triagem de 2,4 milhões de objetos postais. O ritmo das entregas prossegue durante a semana, de forma a minimizar o impacto aos clientes.

Os Correios seguem a disposição pelos telefones 3003-0100 e 0800 725 0100 ou pelo endereço http://www.correios.com.br/fale-com-os-correios.

Sindicato

O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Alagoas, por sua vez, lamenta o transtorno causado à população pela greve deflagrada desde o último dia 18 de agosto. Mas ressalta que a greve é para garantir o cumprimento do acordo coletivo dos trabalhadores, que deve valer até 2021, conforme decisão do Tribunal Superior do Trabalho em 2019.

Entre os principais pontos estão a retirada de 70 direitos do atual Acordo Coletivo, com vigência de dois anos (até 2021), como licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, auxílio para filhos com necessidades especiais, entre muitos outros.

Não houve acordo

Terminou sem acordo nesta sexta-feira (11) a audiência de conciliação entre os Correios e os trabalhadores da empresa pública. Com isso, informou o Tribunal Superior do Trabalho ( TST) o dissídio coletivo da greve será julgado no próximo dia 21 de setembro. 

Sobre o assunto, a direção dos Correios afirma que desde o início da negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2021, a empresa tem sido transparente sobre a sua situação econômico-financeira, agravada pela crise mundial causada pela pandemia de Covid-19. Situação, inclusive, que vem sendo reiterada ao TST, que julgará a ação de dissídio.

"É importante relembrar que os Correios têm preservado empregos, salários e todos os direitos previstos na CLT, bem como outros benefícios concedidos aos trabalhadores. A instituição, certa do compromisso dos empregados, aguarda o retorno dos trabalhadores que aderiram à paralisação parcial o quanto antes, cientes de sua responsabilidade para com a população, sobretudo nesse momento em que os serviços da empresa são ainda mais essenciais para pessoas físicas e jurídicas".