Dirigentes do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) fizeram uma vistoria na Central de Polícia Civil, da cidade de Arapiraca, na região Agreste de Alagoas. 

O presidente do Sindicato, Ricardo Nazário, registrou as paredes rachadas e com mofo, além de infiltrações no teto, que expõem a possibilidade de desabamento. “Há uma obra que não termina, próxima à recepção da delegacia, que deixa os policiais civis em uma ambiente insalubre de trabalho, e a população inalando poeira e material de construção”, revela.

Outra constatação feita na vistoria é que, para chegar a parte da carceragem, o policial civil precisa passar por uma passagem estreita que, no início do caminho, tem um buraco com mais de 10 metros de profundidade, colocando em risco a segurança e integralidade dos profissionais de segurança. 

Quanto a situação dos custodiados, ficam em uma pequena cela, onde não tem chuveiro, vaso sanitário e nem água. Os detentos ficam na expectativa de que suas famílias levem os materiais pessoais.

Outra situação frequente é o acumulo de veículos no pátio da delegacia regional, onde estão centenas de motos e carros, que servem de habitat para pragas de ratos, mosquitos e até cobras. “A população é atendida em um local cheio de materiais de apreensão, entulhos e automóveis deteriorados. Os policiais civis e a população ficam à mercê de doenças, como leptospirose, chikungunya, dengue e zika”, disse Ricardo Nazário.

O dirigente ressalta a necessidade de a Secretaria de Segurança Pública tomar providências. “O Sindpol chama a atenção da Defensoria Pública, da OAB, do Ministério Público e das autoridades. Será que não há nenhuma autoridade que tome providência”, questiona o sindicalista.