Glenn Greenwald alega censura e anuncia saída do Intercept
Glenn alega que teve um artigo censurado sobre críticas ao candidato à presidência dos EUA, Joe Biden
Figura-chave na publicação do vazamento de conversas entre o ex-juiz Sergio Moro e integrantes da Lava Jato, o jornalista Glenn Greenwald anunciou, nesta quinta-feira (29), sua saída do site The Intercept, que ajudou a fundar. Em um longo texto de despedida, Glenn alega que teve nesta semana um artigo censurado pelos editores norte-americanos em que tecia críticas ao candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden.
O jornalista norte-americano ficou conhecido em 2013 após publicar uma série de reportagens sobre programas de vigilância dos Estados Unidos e da Grã Bretanha pelo jornal The Guardian. Radicado no Rio de Janeiro, ele é casado com o deputado federal David Miranda (Psol-RJ).
“A causa final e precipitante é que os editores do The Intercept, em violação do meu direito contratual de liberdade editorial, censuraram um artigo que escrevi esta semana, recusando-se a publicá-lo a menos que eu removesse todas as seções críticas ao candidato democrata à presidência, Joe Biden, o candidato apoiado veementemente por todos os editores da Intercept de Nova York envolvidos neste esforço de supressão.
O artigo censurado, baseado em e-mails revelados recentemente e depoimentos de testemunhas, levantou questões críticas sobre a conduta de Biden. Não contentes em simplesmente impedir a publicação deste artigo no meio de comunicação que eu co-fundei, esses editores da Intercept também exigiram que eu me abstivesse de exercer um direito contratual separado de publicar este artigo com qualquer outra publicação.”
Veja a íntegra do comunicado do jornalista
O The Intercept se proporcionou na tarde desta quinta-feira (29) e afirmou que a decisão do jornalista de renunciar ao site deriva de "uma discordância fundamental sobre o papel dos editores na produção de jornalismo e a natureza da censura". Glenn, diz o comunicado, exige o "direito absoluto de determinar o que publicará. Ele acredita que qualquer pessoa que discorde dele é corrupta e qualquer pessoa que pretenda editar suas palavras é um censor".
A nota oficial diz ainda que a narrativa apresentada por Gleen sobre sua partida está "repleta de distorções e imprecisões - todas destinadas a fazê-lo parecer uma vítima, em vez de uma pessoa adulta fazendo birra".
Por ora, diz o comunicado, "é importante deixar claro que nosso objetivo ao editar seu trabalho era garantir que fosse preciso e justo. Enquanto nos acusa de preconceito político, era ele quem tentava reciclar as afirmações duvidosas de uma campanha política - a campanha Trump - e lavá-las como jornalismo".
O site diz ter o maior respeito "pelo jornalista que Glenn Greenwald costumava ser e continuamos orgulhosos de muito do trabalho que realizamos com ele nos últimos seis anos. Foi Glenn quem se desviou de suas raízes jornalísticas originais, não o The Intercept".
Últimas notícias
Governo libera R$ 23,5 milhões em créditos suplementares para infraestrutura, segurança e ações sociais
Leonardo Dias cobra enfrentamento às facções após aprovação do PL Antifacção
Após instabilidade no sistema, Detran-AL remarca atendimentos desta quarta-feira (19)
Deputada Cibele Moura apresenta PL que cria política de letramento digital e robótica
Prefeitura de Maceió inicia retirada de fios sem uso dos postes no Pontal da Barra
Igaci garantirá nova Creche Cria no distrito de Lagoa do Félix após articulação de Petrúcio Barbosa
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'
Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto
