Em dezembro, 1,2 milhões de famílias alagoanas ficaram sem receber recursos do Auxílio Emergencial, pago pelo governo federal para reduzir os impactos, na renda causados pela pandemia do novo Coronavírus.

De acordo com uma pesquisa do Datafolha, a maioria dos recursos que chegaram às mãos dos alagoanos foram utilizados para pagar débitos (23%) e comprar alimentos da cesta básica (53%), além disso, entre os beneficiados, 44% não tinham outra renda segundo o levantamento realizado em agosto.

O fim do auxílio emergencial em dezembro, deixa o governo Bolsonaro com a inclusão de, ao menos, 6 milhões de pessoas no programa [de transferência de bens] Bolsa Família, segundo levantamentos iniciais do Ministério da Economia, já que a extensão do benefício emergencial para 2021 foi descartada.

Apesar disso, grande parte dos trabalhadores informais que tiveram acesso ao Auxílio Emergencial este ano deixarão de receber o recuso. Uma parcela da população - chamada pelo ministro Paulo Guedes de "40 milhões de invisíveis".

O governo federal está apostando em medidas de inserção no mercado de trabalho para ajudar aos brasileiros "invisíveis", como a Carteira Verde e Amarela, que será criada para desburocratiza e baratear as contratações formais pelos empresários.

A criação de um programa mais robusto, Renda Cidadã, ou Renda Brasil, ainda pode ser discutida pelo Congresso, mas ainda não há nada concreto sobre como funcionaria. O presidente Bolsonaro não aceitou propostas que mexeriam em outros benefícios para criar o novo programa e prometeu "cartão vermelho" para quem tocasse no assunto.