Estudantes enfrentarão Enem 2020 após ano de incertezas educacionais
A pandemia acendeu abismo entre educação pública e privada

Em março deste ano, o mundo foi surpreendido com a maior crise de Saúde Pública da história contemporânea, devido a pandemia de coronavírus. Aqui no Brasil, alguns setores foram extremamente prejudicados, a respeito da Economia e da Educação.
Milhões de estudantes espalhados pelo território nacional, e que estavam dando início aos estudos do terceiro ano do Ensino Médio, precisaram se adaptar a uma nova realidade: aulas online e atividades escolares não presenciais. Mas esta não é a realidade de todo mundo. A pandemia deixou claro o abismo existente entre a Educação Pública e Privada.
Quem está concluindo o terceiro ano ainda tem que se preocupar com a preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cuja edição 2020 acontecerá nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021.
O problema é que a pandemia gerou atraso e adaptações que não foram ideais para quem está concluindo o Ensino Médio e prestes a fazer a prova que pode definir todo seu futuro profissional.
Em Alagoas, apenas em julho de 2020 as atividade online passaram a valer como carga horária, segundo a Secretaria Estadual de Educação (Seduc). Isso fez com que muitos estudantes ignorassem a importância da necessidade do estudo integral dos conhecimentos para se dar bem no Enem e nos outros vestibulares.
A jovem Emily Macedo, de 18 anos, é estudante da Escola Estadual Quintella Cavalcante, em Arapiraca, diz que muitos colegas não participaram das atividades online durante todo o ano. “Como os primeiros meses de aula não foram validados como dias letivos, isso fez com que muita gente deixasse de assistir as aulas”, relatou.

De acordo com a Seduc, de 14 a 16 de setembro será realizada a Semana da Busca Ativa na rede estadual de ensino, com o objetivo de mobilizar os estudantes que estão afastados da escola durante a pandemia, para que possam retornar e continuar seus estudos.
Adaptações
Ainda segundo a estudante Emily Macedo, ela precisou se adaptar e sair do que ela chama de “zona de conforto” que é estudar em casa, já que as aulas estão suspensas desde o dia 23 de maio em Alagoas.
“Eu tenho estudado exclusivamente em casa, através das aulas transmitidas online pelos professores da minha escola e isso acaba dificultando o processo de aprendizagem”, disse Emily, que quer usar a nota do Enem para tentar uma vaga no curso de Medicina.
Outras realidades
Uma coisa é certa: a pandemia deixou claro o abismo existente entre a Rede Pública e Privada de Educação, onde quem ganha é quem consegue, mesmo em meio a dificuldades, pagar para estudar.
Para a estudante Vitória Cajueiro, de 17 anos, a escola particular onde estuda conseguiu se adaptar rapidamente e conduzir melhor a nova realidade.

“No início da pandemia, tudo foi bem difícil e assustador, mas aos poucos fomos nos acostumando. Foi uma nova realidade, mas nós, jovens, já temos uma certa intimidade com a tecnologia, e a escola, com muita responsabilidade, conduziu bem esse momento novo”, disse ela, que pretende utilizar a nota do Enem para ingressar no curso de Fisioterapia.
Para ela, estudar em casa acaba colocando uma responsabilidade maior nas mãos dos alunos, que tem acesso facilitado aos assuntos, através das plataformas disponibilizadas pela instituição de ensino.
“A escola fez a sua parte nos oferecendo um ensino a distância bem organizado, com cumprimento de horário e oferecendo todas as aulas, porém nós sabemos que o ensino presencial facilita em alguns aspectos para uma melhor aprendizagem”, continuou a adolescente.
Apesar de todas as dificuldades, Vitória acredita que a pandemia exigiu que ela se dedicasse ainda mais aos estudos.
“A pandemia atrapalhou, mas existe um lado positivo: ensinou a me adaptar a coisas novas e saber buscá-las com mais dedicação, pois precisei me esforçar na adaptação da nova rotina, a diversificar as formas de estudo, e a interagir de forma digital com os professores, para poder tirar dúvidas, por exemplo”, concluiu.
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