Ciro entra no radar do PSDB para 2022
Ciro é visto por tucanos como um nome mais consistente para enfrentar o ex-presidente petista.
A possibilidade de apoiar a candidatura presidencial de Ciro Gomes entrou no radar de setores do PSDB. Uma ala, que se movimenta contra João Doria, governador de São Paulo, tem colocado fichas em Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul. Mas há tucanos que avaliam que o gaúcho seria um bom nome para vice do pedetista Ciro.
Ciro e o PSDB tem histórico de hostilidades. Mas ele já foi filiado ao partido e há pessoas tentando reconstruir pontes, inclusive com FHC, muito criticado no passado por Ciro. Em entrevista recente ao UOL, ele até pegou leve com FHC na comparação com entrevistas anteriores.
Murchando
O projeto presidencial de Luciano Huck já entusiasmou mais setores do PSDB. A reentrada de Lula no cenário eleitoral apequenou ainda mais o apresentador de TV. Ciro é visto por tucanos como um nome mais consistente para enfrentar o ex-presidente petista.
Materialidade
O voto do ministro Nunes Marques contra a suspeição de Sergio Moro reforçou o rumor brasiliense de que houve registro da conversa entre Jair Bolsonaro e o então candidato a uma vaga no Supremo Tribunal Federal.
Truco
O duro discurso do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não foi um recado apenas sobre a resposta do presidente Jair Bolsonaro à pandemia. Também teve a ver com as decisões dos bancos oficiais, como o Banco do Nordeste e o Banco do Brasil. Afinal, o Centrão é hoje o acionista majoritário do governo Bolsonaro.
Caminhando
Está indo bem a tratativa para Bolsonaro retornar ao PSL, partido pelo qual se elegeu em 2018.
Impressão federal
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, fez relato cético sobre os resultados que serão produzidos no combate à pandemia após a reunião com Bolsonaro e os presidente da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), respectivamente.
Segundo Fux, não tem chance de dar certo. Difícil combinar Bolsonaro e respeito à ciência.
Se colar, colou
O ministro do STF Edson Fachin não desistiu de anular o julgamento da Segunda Turma do tribunal que decidiu pela suspeição de Moro nos casos do ex-presidente Lula. Tem dito que, se o plenário do Supremo confirmar sua decisão de incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar o petista, será possível arguir a nulidade da suspeição de Moro.
Basicamente, Fachin argumenta que a decisão dele sobre a incompetência é anterior à da suspeição. Logo, se confirmada, não haveria por que tratar da parcialidade de Moro nos processos contra Lula.
Do ponto de vista jurídico, Fachin tenta colocar no mesmo balaio decisões com objetos diferentes. Questionar a suspeição diz respeito à eventual parcialidade de um juiz. A incompetência está relacionada à jurisdição natural que um processo deve ter. Como diria o filósofo, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Terra Livre
As cooperativas do MST (Movimento Sem Terra) preveem uma safra mais modesta de arroz orgânico neste ano. Devem colher cerca de 12,4 mil toneladas, aproximadamente 248 mil sacas de 50 quilos. No ano passado, os assentados colheram 15 mil toneladas de arroz sem agrotóxicos.
A queda na safra se deve à falta de políticas do governo Bolsonaro para estimular a produção de 12 assentamentos em 11 municípios do Rio Grande do Sul. Bolsonaro vetou o auxílio emergencial aos camponeses.
Apesar disso, na próxima terça, haverá a celebração da 18ª Abertura da Colheita do Arroz Agroecológica. O MST é o maior produtor desse tipo de grão na América Latina, que é comercializado sob a marca "Terra Livre".