Caso Roberta Dias: Desaparecimento de estudante grávida completa 9 anos de impunidade
O corpo de Roberta Dias nunca foi encontrado
Um dos crimes que mais chocou o Baixo São Francisco alagoano completou, neste domingo (11), nove anos sem respostas. Trata-se do desaparecimento da estudante Roberta Dias, que na época tinha 18 anos.
Ela estava grávida de três meses, e desapareceu próximo a Praça Santa Luzia, instantes após deixar uma clínica onde realizou uma consulta de pré-natal.
Um ano e quatro meses após o crime, as primeiras prisões sobre o caso foram realizadas, durante uma operação integrada. Na época, policiais civis chegaram a ser ligados ao crime.
Em 2018, um áudio que vazou pelas redes sociais trouxe uma verdadeira reviravolta sobre o caso. Trata-se da gravação de uma conversa entre duas pessoas, onde uma delas confessa ter matado a jovem Roberta Dias.
O áudio de mais de 16 minutos foi analisado e confirmado como verdadeiro por peritos da Polícia Federal.
Na gravação, um jovem de 18 anos, identificado como Karlo Bruno Pereira Tavares, conta os detalhes de como matou a jovem, em companhia de Saulo Araújo, que era apontado como sendo o pai do filho que Roberta Dias esperava quando foi morta.
No mesmo ano em que a gravação vazou, a 6ª Promotoria de Justiça de Penedo instaurou denúncia contra Karlo Bruno e uma mulher de 54 anos, identificada como Mary Jane Araújo Santos, que teria sido a responsável por encomendar o crime.
Mary Jane era mãe de Saulo, suposto pai da criança, e teria procurado a jovem dias antes do desaparecimento para convencê-la a provocar um aborto, o que foi descartado.
Revoltada, Mary Jane teria decidido colocar o plano criminoso em prática. Ela teria contratado Karlo Bruno.
De acordo com o promotor Sitael Lemos, Roberta foi atraída por Saullo ao local onde desapareceu.
Dentre os crimes descritos na acusação contra os suspeitos estão homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e sob recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver e aborto provocado por terceiro.
Apesar da confissão gravada, o suposto pai da criança que Roberta esperava não chegou a ser denunciado pelo Ministério Público, pois na época do crime ele era menor de idade.
O corpo de Roberta Dias nunca foi encontrado.
Pai assassinado
Em julho de 2014, o pai de Roberta Dias, o servidor público Ademir Dias Santos, de 44 anos, foi assassinado na cidade de Piaçabuçu. Ele foi um dos que mais cobrava justiça pelo caso do desaparecimento da sua filha.
Ademar foi executado com tiros à queima-roupa em um ponto de ônibus localizado no povoado Marituba da Fábrica.
Não se sabe se a execução do pai teve alguma relação por sua luta incansável por solucionar o crime de desaparecimento da filha.
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